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Entre nós, a certeza: esye time do Atlético que jogou ontem já foi outro, bem distinto da­­quele de dias atrás. Conversá­vamos sobre isso na saída do estádio, em Cianorte, após a transmissão da RPC TV. Especialmente no primeiro tempo o que passou foi a noção de que cada um sabia exatamente qual a sua função em campo.

A começar pela saída de bola lá de trás. Foi-se o tempo dos chutões e das ligações diretas para o ataque, sem o devido trato do meio de campo. Em sua estreia, o técnico Adilson Batista enfatizava em suas instruções à beira do gramado a necessidade de ter seu time com posse de bola desde o goleiro na cobrança do tiro de meta. Batista consertou algumas peças, lapidou outras e ofereceu opções de jogadas a quem anteriormente era escalado apenas para ocupar um lugar.

E o Atlético, que em outras tantas vezes venceu no interior sem merecer, ontem soube construir o resultado, apertado sim, mas também com algumas importantes defesas do goleiro adversário.

Na prática o que se viu foi uma equipe com consciência de ataque e consistência de defesa, valorizando a construção de jogadas no meio de campo. Tanto que Kléberson e Róbston, que até dia desses eram contestados por baixa produtividade, ontem marcaram presença em campo.

Imagina-se ainda estar muito longe do que se pode considerar o ideal. Tanto distante quanto as chances de ainda disputar o título estadual (a vitória coxa de ontem está aí a provar o que deve ser um caminho sem volta).

Mas já dá, pelo menos, para se prever dias melhores pela frente com o padrão Batista de ser.

Desenlace fatal

Palavra que estou tentando encontrar argumentos que me demonstrem o contrário, mas não consigo mais me convencer das chances de salvação do Paraná Clube. Não depois dos resultados desse fim de semana, que ampliaram a vantagem do Rio Branco para cinco pontos, forçando a exigência de aproveitamento total dos paranistas nas três partidas que ainda restam para o fim do campeonato estadual.

Isso ainda contando que o Rio Branco teria de perder pelo menos quatro pontos dos nove que ainda disputa. E outro ponto complicador é que ambos ainda enfrentam o Arapongas, que venceu ontem e agora disputa diretamente a vaga para decidir o título do interior.

O que mina a esperança tricolor é o nível técnico das apresentações mais recentes da equipe. Sábado, em Ponta Grossa, o ataque – senão o time todo – foi uma caricatura, tantos foram os chutes bisonhos a gol. A impressão que se tinha era a de que os jogadores estavam mais a fim de se livrar da bola do que de dar o adequado fecho à jogada. Uma pobreza triste de se ver.

E o Paraná Clube, que nas últimas temporadas sempre namorou sério com o inconcebível rebaixamento na competição, salvando-se sempre, desta vez despenca a cada novo passo para esse terrível desenlace.

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