Retomada

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Ainda abalado, o país tenta retornar à rotina do futebol. É preciso, é necessário. Afinal de contas, temos decisões pela frente. A começar esta de quarta-feira (7), entre Grêmio e Atlético-MG, no Sul. Que já está praticamente chancelada pelos gaúchos, que só precisam entrar em campo e fazer o básico para darem a volta olímpica.

Ao contrário dos outros gaúchos, os do Internacional, que falaram tanta bobagem nos últimos dias que o torcedor brasileiro ficou estupefato. Seriamente ameaçados de rebaixamento, têm chances de escapar em campo, mas, pela dificuldade, parecem preferir caminhos obscuros, desde a sugestão para a não realização da última rodada até ao abominável e torpe atalho do tapetão.

Teremos jogos, sim. Teremos definições, sim. Afinal de contas, a melhor maneira de o futebol nacional homenagear aqueles da Chapecoense que se foram é fazer o que eles certamente mais apreciariam: jogar futebol. E é isso que o brasileiro terá nesta última semana de atividade na temporada.

A mesma promessa

Leio que o Paraná Clube contratou um novo profissional encarregado do futebol e que a partir do ano que vem tudo será diferente: também com técnico novo, vai investir na base, utilizando o Paranaense como laboratório e aprimorando o grupo para a temporada nacional. O objetivo maior? O acesso à primeira divisão nacional.

Poderia ter sido uma nota de ontem, de sábado, dos últimos dias, quem sabe? Mas a que eu li é de anos atrás, cinco, quatro, poderia escolher o noticiário de qualquer fim de temporada. Depois de um ano complicado, tentando pelo menos se manter na Série B, o Paraná Clube promete mais para a temporada vindoura. Pelo menos tentar sair da mesmice que caracteriza as ações do clube nos últimos tempos.

Torcendo para dar certo, me permito manter um pé atrás, justamente pelo histórico de momentos passados, quando a emoção superou a razão e nada do prometido foi cumprido. Porque é difícil o papel do dirigente, também torcedor, entender e assimilar uma proposta a médio prazo.

“Estamos preparando o time para agora. Se der retorno imediato, tudo bem, mas a meta mesmo é para o fim do ano” – é o discurso, rapidamente corrigido após uns dois ou três insucessos durante o início da temporada. Porque a torcida, por mais que apoie boas intenções, não tem lastro para suportar maus resultados, chacotas dos adversários e o que mais advém de situações assim.

Mas concordo que a proposta tem de ser exatamente essa, para tentar tirar do buraco um clube que acumulou tantas conquistas em sua juventude e que agora não sabe mais o que é isso. Resta saber se agora os dirigentes terão força e determinação para a manutenção do projeto, seja em que circunstância for.