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O que mais poderiam esperar? Uma revolução? Criou-se grande expectativa em torno do anúncio do futuro do Paraná Clube. Nada se disse de mais concreto, a não ser a troca de li­­cenças entre o presidente e o vice. E a esperança de se poder conseguir montar um grupo de jogadores com boa qualidade técnica e de custo adequado às di­­ficuldades do clube. O que, já se sabe, dificilmente acontecerá.

Ninguém pode prever até onde será possível ir sem um salto de qualidade, um movimento de ousadia que supere essa cansativa repetição de falta de dinheiro que gera time ruim, que gera falta de público, que proporciona falta de dinheiro. E assim vamos nós, preparando o sofrimento para a disputa da Segunda Divisão nacional.

Se em anos anteriores sempre havia a esperança de um acesso a cada início de temporada, desta feita as previsões são bem mais sombrias e toda a ex­­pectativa está na fórmula a ser encontrada para impedir uma terrível queda à Terceira Di­­visão – que poderia representar o princípio do fim (o Pa­­raná Clube já perdeu os recursos financeiros da tevê para o campeonato estadual do ano que vem e uma queda à Terceira Di­­visão brasileira também implicaria no corte da verba nacional de tevê), por falta de condições de manutenção.

Nessas horas só cabe uma pergunta quando se vê cinco ou seis da diretoria se expondo à fuzilaria da mídia e da torcida: onde estão aqueles tantos que protestam e se exacerbam publicamente nos momentos mais agudos? Não seria hora de também se apresentarem para tentar ajudar?

Desafio extra

Classificado o Coritiba já está. Isso desde o apito final daquele jogo de ida, contra o Caxias, no Alto da Glória. Para sair da Copa do Brasil teria de ser derrotado por 5 a 0 na partida de hoje, no Sul. Para quem ainda não perdeu na temporada, essa possibilidade nem deve ser considerada, claro.

E aí vem o desafio que deve estar mexendo com a cabeça dos jogadores: bater o recorde do número de vitórias. Ou pelo menos o recorde do Palmeiras de Luxemburgo, igualado domingo, com o folgado triunfo no Atletiba (não se sabe, com certeza, se ninguém lá pelos anos 20 não andou vencendo e vencendo ainda mais).

Pelo que sei de gente mais próxima dos jogadores coxas, essa tentativa de manter o em­­balo que hoje repercute em todo o país é o fator que proporciona a motivação extra para o compromisso de hoje. Em outras circunstâncias haveria um relaxamento natural de quem sabe ser impossível a desclassificação.

O outro lado da moeda é que também o Caxias poderá se motivar com isso. Se já não mais acredita na chance de seguir adiante no torneio, quebrar uma série de vitórias (ou de invencibilidade) é também uma maneira de entrar para a história. "Se não fosse pelo Caxias, o Coritiba teria batido o recorde brasileiro de vitórias acumuladas..." – poderia ser a manchete dos sonhos dos gaúchos.

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