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Por curiosidade, nada mais que isso, decidi pesquisar nos arquivos o que já escrevi sobre Atletibas. É que, no fundo do fundo, parece ser tudo a mesma coisa, aquela explicação genérica do "clássico tem vida própria e independe das circunstâncias que o cercam". Ou seja: nem sempre quem está melhor é favorito, mas também pode ser. E não há como negar a importância intrínseca da partida por si só, independentemente da situação em que for disputada, se em competições oficiais ou em simples amistoso (como se um Atletiba pudesse se encaixar na classificação de "simples amistoso").

Mas esse de domingo não será igual aos outros. Não endosso a fileira dos que já decidiram denominá-lo de "Atletiba do século", por não ser muito chegado a exageros e a superlativos. Mas reconheço tratar-se do mais importante dos últimos tempos e, por enquanto, o mais importante deste século ainda imberbe.

Pena que não pelas melhores circunstâncias. Poderíamos estar decidindo um título por aqui, entre nós, (já chegamos bem perto na Copa do Brasil), mas a terrível temporada do Atlético não permitiu que se aproximasse do nível técnico do Coritiba e o que temos pela frente é uma situação de extrema tensão para os dois contendores.

De um lado a tensão de angústia e sofrimento de uma torcida que já admite o pior com todas as letras sem depender do resultado no clássico. Vencer o Coxa, por si só (e o retrospecto recente alimenta a argumentação) já é difícil. Mas os deuses do Atletiba sempre conseguem municiar esperanças e aí o Rubro-Negro se ampara. Mas ainda ter de torcer contra Cruzeiro e Ceará é dose muito alta de adrenalina acumulada. Se não for possível, bastará o consolo de impedir a escalada do adversário à terceira Libertado­­res da América (igualando seu número de participações)?

De parte dos oponentes, tensão pela quase concreta possibilidade de novamente chegar à competição continental. Dependendo de suas próprias forças, ainda que isso custe o rebaixamento do rival (o que não deixa de alimentar um grau a mais de sarcasmo no pensamento alviverde). Carga de tensão de grau menos contundente, o que, teoricamente (sempre teoricamente, um clássico nem sempre confirma), permitiria uma equipe mais centrada em suas jogadas e suas realizações.

Para o futebol paranaense o que não pode acontecer é uma dupla desgraça, o empate no clássico, que seria a confirmação da queda do Atlético e do Coritiba dependendo de terceiros para chegar à Libertadores. Mas aí veio alguém muito otimista (e ponha otimista nisso) a lembrar ainda ser possível o Atlético não cair e o Coritiba entrar. Com a combinação de outros seis resultados. O ideal, mas aí seria querer muito, não é mesmo? Ainda mais em mês de Papai Noel.

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