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Ainda tento entender essa confusão toda em que o Atlético se meteu. Totalmente sem rumo, sem comando no futebol, jogando fora, aos poucos, todas as chances de retornar à Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro.

Sim, porque no início da temporada o clube era o grande favorito para subir, por conta de concorrentes não tão significativos assim. Imaginava-se, cumpridas fossem as promessas de campanha da diretoria recém-empossada, que o transcurso pela Série B seria mais do que passageiro, encaminhando seu retorno ao grupo principal já no andamento da competição.

Não foi o que ocorreu e hoje todos sabem disso. O futebol foi deixado de lado, preterido pelo projeto da Copa do Mundo no estádio atleticano. E agora, quando se corre para fugir de um prejuízo técnico que vai se avolumando rodada a rodada, a precipitação de ações faz com que a racionalidade passe longe das decisões. E a demonstração de fraqueza se escancara nessa falta de tato para definir o comando do time. O técnico contratado há duas semanas já não serve mais, mas, ainda antes de ser demitido, já tinha seu substituto negociando contrato com a diretoria.

Ambos falaram na necessidade de qualificar o grupo de jogadores. Juan Carrasco, demitido há poucos dias, também tinha os mesmos argumentos. O Atlético de hoje não tem nível técnico para ascender e não o terá se a política do clube se mantiver a mesma, afastando jogadores por picuinhas (Gustavo, Garcia, Guerrón...), em vez de contratar valores de reconhecida capacidade para ganhar um lugar na equipe.

A diretoria atual incrimina seus antecessores pelo rebaixamento. Sim, a pecha é grave, manchando a trajetória de um clube que jamais havia caído desde que o futebol nacional começou a ser levado a sério. Mas é importante que se registre a constatação: mais grave do que ser rebaixado é não conseguir subir à Primeira Divisão. Porque, ao cair, o confronto perdido é com as principais equipes do futebol brasileiro. Não subir é não ter competência para superar equipes de porte médio, nada mais que isso.

Adeus, Vico

Foi um grande amigo, um dos meus professores no jornalismo esportivo. Vinícius Coelho tinha um texto admirável e, não de graça, foi um dos nomes mais importantes da imprensa paranaense. Pioneiro da televisão, transmitiu o título do Coritiba em 85 pela RPC (então TV Paranaense). Brilhou como repórter e redator de O Globo e sempre teve as portas abertas na CBF.

Foi um dos fundadores de nossa confraria da Mesa Real e desde o assassinato de seu filho, Bruno, vinha sofrendo muito. Ontem ele nos deixou, vítima de estúpido acidente na Linha Verde. Uma perda irreparável para todos nós, paranaenses. Vai faltar o companheiro para brindar com um daqueles Côtes du Rhône que ele tanto apreciava. Saudades, Vico, um dia a gente se reencontra.

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