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O assunto é quase o mesmo de sempre. O Cori­­ti­­ba precisa vencer porque joga fora. O Atlético precisa vencer porque joga em casa. O Coritiba precisa vencer para quebrar o encanto e firmar posição na direção dos classificados à Copa Libertadores da Amé­­rica. O Atlético precisa vencer para quebrar a rotina e fazer valer o mando de jogo, rumo a uma já quase impossível fuga da zona do rebaixamento.

É a rodada de hoje do Campeo­na­­to Brasileiro para os clubes pa­­ranaenses.

O Coxa teve ontem um dia festivo. Aniversário de 102 anos co­­me­­morado com o lançamento oficial do novo centro de treinamentos do clube e com a inclusão da gloriosa campanha de 24 vitórias consecutivas no livro dos re­­cordes, o Guinness. Duplo motivo de orgulho para quem só sabe ser feliz nesses dois últimos anos. E que precisa reassumir em campo toda a grandeza que respira fora dele.

Vencer o Fluminense é, portanto, o objetivo para a noite de hoje. Quase irrepreensível nas apresentações em casa, precisa urgentemente estabilizar suas jornadas longe do Alto da Glória para assumir o status de pretendente a uma das vagas do torneio internacional. E conta com um trunfo importante, a confirmação do retorno do meia Rafinha, mola mestra do sistema de articulação da equipe.

Mesmo sem Leandro Donizete – um dos principais jogadores em mais uma temporada –, sempre bem substituído por Willian, o Coxa terá de observar cuidados defensivos nos primeiros minutos, pela tendência natural de os cariocas partirem imediatamente para o ataque, como costumam fazer. Conseguindo administrar a posse de bola, terá como explorar as brechas naturais que o adversário certamente irá oferecer. E, se vier com a vitória do Rio, a Liberta­­do­­res deixará de ser apenas uma conversa ocasional e cautelosa.

No Atlético, a conta continua a mesma: precisa vencer e vencer. Seis vitórias nas dez partidas que ainda restam a cumprir. Cor­­res­pondente a uma campanha de candidato à Libertadores, quase de campeão. Isso para quem se arrasta na classificação desde sempre, sem qualquer sintoma de possível melhora durante a competição.

Não bastassem as dificuldades técnicas em campo, por causa da falta de melhor gabarito na maioria de seus jogadores, os atleticanos não conseguem se livrar de problemas fora de campo. Agora que amainou a pressão da belicosa oposição, outros episódios mi­­nam a estrutura emocional do gru­­po de trabalho. Dispensa de jogador por jogar de menos, dispensa de dirigente por jogar de­­mais, anúncio de doping do mais caro atleta da história do clube e mais e mais...

Com tudo isso a forçar a barra, o Atlético tem de entrar em campo para vencer o Vasco, líder até dia desses. Vencer para, pelo me­­nos, prorrogar a agonia de quem se debate na areia movediça do pessoal lá de trás.

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