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Tão próximos estão os clubes na classificação do Campeonato Paranaense, que uma só rodada dá uma mexida geral na posição de cada um. A rodada de ontem foi um exemplo, começando com a surpresa do empate do Coritiba, em casa, contra o Prudentópolis. Empate, aliás, que deve ser comemorado, pois as melhores chances foram dos visitantes, que estão com a classificação bem encaminhada para a próxima fase.

De importante nessa partida foi a volta de Keirrison. Dá pra dizer assim, que Keirrison começou sua nova etapa na vida profissional. Já vinha melhor de uns jogos para cá, deu boa assistência na partida anterior e ontem fez um gol como nos seus bons tempos, finalmente cumprindo a expectativa de havia em torno dele. Falta muito ainda, mas já deu pra sentir que será possível o pleno regresso.

Em Toledo, o Paraná passou o jogo inteiro com um jogador a mais e mesmo assim sofreu para vencer o lanterna do campeonato. O resultado foi importante para jogar o time lá para a parte de cima da tabela, entrando com moral para jogar o clássico de domingo, contra o Atlético.

Atlético que joga hoje e ontem, com o jogo a menos, ficou na zona da morte. Mas caso vença o Maringá, pula para terceiro na classificação, entrando por cima no clássico. Só que o adversário não é qualquer um e disputa a liderança. Se vencer, fecha a rodada em primeiro. Jogo difícil, portanto.

A nova família

Não dá pra cravar que o grupo esteja fechado. Sempre pode haver uma surpresa de última hora – Grafitte que o diga. Mas, exceto por Rafinha, a seleção brasileira que se viu ontem, goleando a África do Sul, será aquela anfitriã da Copa do Mundo que se aproxima. E Rafinha pode ser até a surpresa de última hora, embora o que apresentou ontem não justifique sua presença no lugar de Maicon, que é mais rodado e pode fazer a diferença num grupo com muitos estreantes.

O técnico Luiz Felipe Scolari não é de oferecer mudanças radicais e pertence à ala dos que primam pela continuidade de um trabalho de grupo. Por isso insiste em convocar jogadores que não passam por boa fase, embora tenham sido aprovados em apresentações anteriores pela seleção. Inclua-se aí o goleiro Julio Cesar, preterido pelo futebol europeu e que foi encontrar espaço para jogar somente no imberbe futebol canadense – que nem liga tem e joga na dos Estados Unidos.

É que Felipão costuma prezar o grupo e nem tanto o time. O exemplo maior é a "Família Scolari" de 2002, fechada com ele nos piores e melhores momentos. Fosse hoje (e chegou a ser assim na época, embora sem o clamor adstringente das redes sociais), as convocações de Rivaldo e Ronaldo estariam sendo questionadas. E deu no que deu, foram os dois mais importantes jogadores brasileiros na conquista da Copa.

Se ainda alimentamos algumas dúvidas, a goleada de ontem nos trouxe algumas certezas para a nova família do treinador. E a mais evidente delas é a que essa Copa já tem uma estrela anunciada: Neymar. Ele está passando da bola e – por mais que mantenha uma boa campanha como titular do Barcelona – parece se transformar em algum "super" quando veste a camisa amarela. Ontem fez três gols e sobrou em campo. Foi só um trailer do que vem por aí.

Torneio da morte

A partida de ontem, contra o Paraná, serviu, à primeira vista, apenas para o Toledo cumprir tabela. Mas teve um item a mais. Sem chance de chegar ao grupo dos oito primeiros, o clube já se prepara para encarar o grupo da morte, tentando evitar a queda para a Segunda Divisão estadual.

Tanto ontem quanto a partida que ainda resta, na rodada final, as observações focavam o futuro imediato, nas soluções possíveis de serem encontradas ainda a tempo de permitirem a salvação do time, que representa uma região rica do estado e que, na proporção inversa ao seu poder econômico, tem cada vez menos representantes no grupo principal do futebol paranaense.

Dizem por aqui (escrevo de Toledo, onde vim para a transmissão da RPC) que os desencontros administrativos que marcaram tantos pontos negativos nesses jogos iniciais já estão sendo corrigidos. E que a união de correntes distintas será o caminho para o melhor desempenho em campo na fase eliminatória. É o que dizem.

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