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Quando a torcida atleticana, empolgada, ameaçou o coro de olé, o Santos foi para o ataque e fez o gol. Recado pontual. O Atlético não é o suprassumo da técnica, a ponto de permitir desconcentração em campo. Passa por um momento especial, invicto há 11 jogos e hoje vice-líder do Campeonato Brasileiro, sem deixar qualquer margem de dúvida.

Mas é preciso manter o foco durante o tempo todo. Os números da partida apontam uma razoável vantagem do Santos (que vive um bom momento) na posse de bola. Mas isso não funciona para todos, talvez para o Barcelona e para a seleção espanhola. O Atlético tem jogado assim, oferecendo o campo para o adversário e explorando a velocidade dos contra-ataques.

Todos caem, o Santos caiu ontem. Bela vitória, incontestável, mas construída pela aplicação tática durante quase o tempo todo – exceto naqueles instantes finais nos quais a torcida ensaiou o coro.

Dois destaques: Marco Antônio, que ainda precisa ganhar ritmo de jogo; e Deivid, que, recuperado de contusão, entrou na fogueira e mostrou que é mesmo o melhor volante que existe no clube.

Gangorra

É uma complicação. Quando se imagina a possibilidade de o Coritiba poder novamente contar com seus jogadores mais importantes, os desfalques continuam, mantendo a gangorra do departamento médico bem mais ativa do que a previsão de baixa do mês de agosto.

Sim, porque estavam previstas algumas defecções no plano de ação da comissão técnica coxa. É natural que, ao longo da temporada, alguns jogadores venham sentir lesões mais ou menos graves e que exijam pelo menos certos dias de afastamento. O que não se esperava era esse interminável rodízio entre os que entram e os que saem dos cuidados dos médicos do clube.

E para hoje, contra o Botafogo, nada será diferente. Junior Urso e Leandro Almeida saíram machucados do jogo contra o Internacional e não puderam viajar ao Rio de Janeiro. O que pode afetar o rendimento da equipe, justamente agora, momento importante para tentar recuperar a posição entre os primeiros colocados (pelo menos o sexto lugar, que ocupava antes dessa rodada de meio de semana).

Luccas Claro cobre bem a ausência do titular na zaga, mas a mobilidade de Urso não tem ninguém que repita. Por isso o meio de campo coxa será diferente nessa partida do Maracanã, tentando conter um oponente que tenta recuperar a posição de ponta na classificação.

Pelas circunstâncias, o empate pode até ser recebido como bom resultado no seio alviverde. Certamente essa era uma das partidas daquelas assinaladas no início da competição como de lucro, ou seja, qualquer ponto ganho é prêmio. Ocorre que os maus resultados recentes talvez exijam um pouco mais, até mesmo para permitir a continuidade, sem turbulências, do trabalho do pessoal que comanda o time em campo.

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