Logo que cheguei ao circuito de Jerez de la Frontera, onde fiz a cobertura dos testes de pré-temporada 2014, minha curiosidade foi ouvir o som da nova F1. A volta dos motores turbo trouxe uma revolução na categoria e até o ronco dos carros será diferente. Em um rápido bate-papo com Felipe Massa, já vestido de azul na nova casa, a Williams, perguntei a ele quem seria o favorito para a primeira corrida. A resposta não poderia ser mais emblemática: "do jeito que vai ser neste ano, quem conseguir completar a corrida leva...", me respondeu, com um sorriso irônico. O que parecia uma brincadeira foi se revelando sério no final dos testes de Jerez. Nos treinos no Bahrein, semanas depois, o cenário de uma F1 totalmente diferente ficou ainda mais claro.

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Que nova F1 é esta capaz de, em poucos meses, tirar a Red Bull e o atual tetracampeão, Sebastian Vettel, do status de favoritos absolutos a azarões? Que coloca Felipe Massa, que estava sem lugar na F1 após sua saída na Ferrari e agora desponta como o mais rápido na pré-temporada e coloca a Williams sonhando com a volta aos bons tempos de equipe de ponta?

E a Mercedes, que passa ao status de candidata ao título, vai conseguir administrar a briga interna de dois talentosos pilotos, Lewis Hamilton e Nico Rosberg? O mesmo pode ser dito da Ferrari com seus dois campeões mundiais, Fernando Alonso e Kimi Raikkonen? Será mesmo que os motores Mercedes são os melhores – e vão colocar a equipe oficial e Williams, McLaren e Force India nas primeira colocações (ao menos nos GPs iniciais)?

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São tantas as perguntas que é possível dizer que o GP da Austrália de 2014 é um dos mais aguardados nos últimos 20 anos – a última grande mudança de regulamento, segundo os técnicos, foi em 1994, quando a eletrônica foi banida dos carros. O torcedor também tem na memória as regras de 2009, que produziram um fenômeno único – um time " estreante" ser campeão, caso da Brawn e seus mágicos difusores duplos.

Desta vez, o torcedor não pode reclamar: a F1 está repleta de novidades e emoções não faltarão – melhor aproveitar antes que um certo Vettel acabe com a imprevisibilidade.

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