Depois de uma das melhores corridas dos últimos tempos, no Bahrein, a F1 teve na China um GP sonolento. Para o torcedor brasileiro, a corrida ainda teve o amargo sabor de ver Felipe Massa ter sua corrida arruinada após um erro da equipe Williams no pit stop. Assim como na etapa passada, o brasileiro fez uma ótima largada e mostrou que vinha para uma prova agressiva. A meu ver, o toque com Fernando Alonso pode ser considerado "de corrida", e é bastante simbólico ter ocorrido justamente com aquele que era seu intocável companheiro de equipe. Basta ver o começo de ano apagado de Kimi Raikkonen para ver que a ida de Massa para a Williams foi definitivamente uma mudança para melhor.

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Além da frustração da torcida brasileira, a China decepcionou pela falta de duelos intensos. Lewis Hamilton comandou a prova de forma absoluta. Seu companheiro, Nico Rosberg, após uma classificação ruim e uma largada problemática, teve mais trabalho desta vez em garantir o segundo lugar. Mas nem isso provocou emoção: a ultrapassagem do alemão sobre Alonso, por exemplo, foi um verdadeiro anticlímax, tamanha a facilidade do piloto da Mercedes em ultrapassar o espanhol (este, por sua vez, mostra porque é um dos melhores da atualidade ao conduzir um carro nitidamente inferior ao pódio).

Nas quatro primeiras provas, quatro vitórias da Mercedes, sendo três dobradinhas. Isso não deixa dúvida: o título será decidido entre Hamilton e Rosberg. Apesar de o inglês já ter três vitórias, é o alemão quem lidera a tabela, com 79, quatro à frente de seu companheiro de equipe.

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Como escrevi aqui neste espaço após o GP do Bahrein, o Mundial ganha contornos parecidos com o de 1988, quando dois grandes pilotos duelaram corrida a corrida, fazendo um campeonato à parte. Assim como Ayrton Senna naquela McLaren considerada "a equipes dos sonhos", Hamilton é mais veloz. Será sempre o favorito à pole e até mesmo à vitória. Mas Rosberg, como Prost, sabe que a regularidade pode jogar a seu favor, como mostra a tabela até aqui.

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