Pompa, circunstância, pai, namorada global, amigos e muitos toiss (um dialeto próprio, criados nas redes sociais, que significa "nóis"). Enfim, Neymar chegou ao Barcelona. Uma transação milionária que mudará definitivamente o ex-santista de patamar. Para o bem ou para mal.

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Sou daqueles que não pensa duas vezes em parar em frente à tevê – quando a escala de trabalho assim permite – para ver o boleiro moicano em ação. Um magricela de 1,75 m capaz de fazer pinturas, como os golaços contra Flamengo (Brasileiro-2011) e Internacional (Libertadores-2012). De tirar o chapéu.

Mas sou também daqueles que espera mais de Neymar. Que acha que toda a festa de ontem no Camp Nou foi feita para um potencial candidato a craque, a caminho do Hall da Fama. A hora é essa – e Neymar sabe bem disso. Depois de usar, abusar e causar no Santos, o atacante chega a um clube que tem dono. O Barcelona é de Lionel Messi. É também de Xavi, Iniesta e Puyol, coadjuvantes de luxo do argentino. Um clã que detém a palavra na Catalunha. Inteligente e bem orientado por seu estafe, Neymar sabe que não poderá reivindicar o papel de Reizinho logo de cara. Que não terá todas as regalias da época de Vila Belmiro.

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Precisa olhar para o lado e mirar o exemplo de Messi. Sem reclamar, o argentino acompanhou de perto o apogeu do amigo Ronaldinho Gaúcho. Quietinho, do banco de reservas, ele via o então melhor do mundo gastar a bola. Até o brasileiro se entregar à má fase e Pep Guardiola recrutar a ajuda providencial de La Pulga. A partir daí todo mundo sabe.

Se estiver disposto a aprender, deixando os mimos de lado, integrando-se à cultura local e, principalmente, não peitando a soberania do Camp Nou, Neymar tem tudo para seguir evoluindo. Dará um toque todo especial para um time que carece urgentemente de novidade. Até chegar a hora de pedir a palavra e, como Messi fez há alguns anos, confirmar tudo o que se espera dele.

As chances de o sonho se tornar realidade é considerável. Acredito e espero por isso. Caso contrário, sempre haverá alguém para vociferar que o atacante não passa de um "Robinho melhorado", como ouvi de muita gente avessa às evidências nesta segunda-feira.

Enfim, a bola está com Neymar Jr.

Tricolor no Pará

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A primeira impressão foi promissora. Vitória com folga sobre o ABC na Paraíba. Aí vieram o empate no castigado gramado da Vila Olímpica contra o São Caetano e o revés no interior de São Paulo para o Oeste. Prato cheio para os pessimistas. Por isso, voltar com ponto de Belém contra o Paysandu é essencial – nem falo em vitória. Ainda mais que a sequência da Série B aponta dois jogos de extremos em casa, contra o líder Figueirense e o lanterna ASA. Série complicadíssima que medirá o humor na Vila Capanema antes da parada para a Copa das Confederações.

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