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O Paraná tem recebido ajuda de todos os lados, menos de onde mais precisa: dele mesmo. Jogando bem (o que não tem mais ocorrido com frequência no returno) ou jogando mal, o time não consegue emplacar resultados que aproveitem as benesses advindas dos adversários. Se não fosse a complacência dos concorrentes diretos na briga pelo acesso, o Tricolor já estaria planejando 2014.

O último a contribuir com a campanha paranista foi o Avaí, tomando quatro do Figueirense e mantendo Lúcio Flávio e seus companheiros no páreo – por um fiozinho de vida, mas respirando. Só que nem os catarinenses, nem qualquer outro adversário podem somar pontos para o Paraná. Isso depende de pés e cabeças tricolores. A torcida enche o estádio, grita, financia, mas não encosta na bola.

É evidente que o panorama na Vila Capanema é ruim. O Paraná joga três partidas fora e duas em casa sem poder perder mais. O momento demanda uma mudança brusca de atitude para superar oponentes mais embalados e perigosos como Sport, Chapecoense e Icasa. A tabela tornou-se um inimigo de respeito. Há, todavia, o lado positivo desse desafio. Quanto maior a dificuldade, maior o heroísmo.

Contra o Palmeiras, eu vi um time amedrontado – não por inteiro, diga-se, com destaque à impetuosidade do lateral Roniery. Diante da retranca palmeirense (que foi a campo com uma preguiça daquelas), os jogadores do Tricolor brigaram o máximo possível, mas em certa dose retraídos pelo medo de errar, de permitir o contra-ataque rival e de piorar o cenário já tumultuado. No fim, foi justamente uma falha, um literal escorregão, que custou mais dois pontos. O time parece pouco convencido de que (sim!) tem condições de lutar de igual para igual com os rivais, olhando-os nos olhos.

Agora, para alcançar a vaga, aquele pequeno pontinho no horizonte, é preciso perfeição. O Paraná precisa de heróis. Sem tirar o "eu acredito" do discurso e praticá-lo a cada lance – nos 90 minutos – de cada embate restante, o caminho na tabela será o de descida. Engana-se quem aposta só em raça, virilidade para pôr fim ao drama tricolor. Se não houver cumplicidade (a tal união), inteligência (para achar as jogadas de ataque que andam faltando) e qualidade técnica, o sonho vai acabar rapidinho.

O volante Édson Sitta, autor do belo gol contra o Palmeiras, disse que o resultado doeu. Dá para imaginar a dor de jogar pela janela toda a bela campanha do time no campeonato? E a de frustrar uma torcida que deu tanto carinho e apoio? O elenco é suficientemente bom para reverter a má fase. Tem é de juntar os cacos, esquecer os tropeços e jogar a bola que sabe.

Atlético

A vantagem do Furacão na Copa do Brasil é grande. Não consigo visualizar o time sofrendo dois gols em Porto Alegre. São dois os perigos: a decisão ir para os pênaltis e a atuação da arbitragem. Alguém se lembra do que viveu a Portuguesa por lá?

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