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Eis que o milagre da ta­­bela zerada fez Atlé­­tico e Paraná sonharem no­­va­­mente. Mesmo que um tenha terminado o primeiro turno apenas em terceiro lugar, a oito pontos do campeão Coritiba. E o outro, muito pior, tenha segurado a lanterna.

As ambições cresceram após as vitórias fora de casa na abertura do segundo turno. Pela primeira vez atleticanos e paranistas estão na ponta da classificação – ao lado de Cianorte, Paranavaí e Coritiba. No primeiro turno, é bom lembrar, ambos já começaram perdendo diante de suas torcidas para Arapongas e Corinthians-PR, os mesmos adversários derrotados agora.

A euforia tende a aumentar com triunfos na rodada do meio de semana. O Furacão recebe o Timãozinho e o Tri­­color o Rio Branco. Mas se os resultados e o discurso, até no Paraná, que ainda nem saiu da zona de rebaixamento, sugerem a luta pelo título do segundo turno, o futebol ainda não.

Mesmo emplacando a terceira vitória seguida domingo no Barigui, o time paranista segue com muitas dificuldades, especialmente no setor ofensivo. Por ora é melhor se ocupar de vencer o Rio Branco e trocar de lugar com os parnanguaras, mandando-os para a zona da degola. Depois, consolidar uma permanência na Primeira Divisão que chegou a parecer muito difícil e pensar na montagem da equipe para a Série B nacional. Não vejo possibilidades de o Tricolor disputar o título estadual.

O Atlético, sim, deve falar em brigar pelo turno e a vaga na final. A torcida não espera nada diferente disso. Mas, por en­­quanto, apenas falar. Apesar de ter vencido o Arapongas por 2 a 0, em Paranavaí, também encaixando o terceiro triunfo seguido, o Furacão foi sufocado em boa parte do jogo. Até o técnico Ge­­ninho, normalmente muito calmo, perdeu a paciência com as inúmeras vezes que o Rubro-Negro entregou a bola ao adversário e voltou a tomar pressão.

Mesmo não jogando bem, o Furacão ganhou todas após a chegada do treinador. Se o futebol não melhorar, há uma gran­­de chance de, uma hora ou outra, perder pontos importantes. Do jeito que for, o time precisa no mínimo chegar com chances ao Atletiba da décima rodada. En­­frentar o arquirrival em casa é o grande trunfo rubro-negro. Em clássicos, muitas vezes a vitória vem em atuações brigadoras e não vistosas.

Enquanto isso, espera que o relaxamento natural do Cori­­tiba se transforme em tropeços. Isso quase aconteceu no jogo do Alviverde em casa contra o bom time do Operário. Muito melhor do que os adversários até aqui e com 2 a 0 a favor no placar, o Coxa deu mole no segundo tempo e quase amargou um empate. Situação que tende a se repetir nas próximas rodadas se voltar a ficar tranquilo demais em campo. Nunca é demais lembrar que a tabela zerou.

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