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Em jogo, duas vagas na Libertadores, duas na Série B e a dupla Atletiba diretamente envolvida nas definições da última rodada do Brasileiro. E a torcida foi para? Que ninguém morresse em Joinville.

Procurando ainda uma definição para classificar a pessoa que ‘pisoteia a cabeça de alguém caído’. Para quem usa uma barra de ferro com um prego na ponta. Ou ainda para quem se aproveita para ‘roubar’, isso mesmo, roubar o tênis de quem está sendo espancado – há imagens desse crime. É a miséria da alma.

Entre as centenas de comentários a invadir as redes sociais, um dos mais óbvios ressaltava que, se os marginais que digladiaram sem nenhum motivo ao vivo não vão ser punidos, imagine aquele com uma rixa nas vielas da periferia. Mata mesmo. E daí?

E entre os posts mais ridículos então aqueles a defender quem começou, quem revidou, e que a torcida rival também tem um vexame horrível no currículo – a barbárie no rebaixamento do Coritiba em 2009. Estava grávida e trabalhava no Alto da Glória. Chorei de medo. Assim como alguns colegas jornalistas incrédulos choraram de tristeza ontem em Joinville.

Por omissão das duas diretorias, a do Atlético no domingo e a do Coritiba há quatro anos, pessoas não morreram por pouco. Em ambos os casos, o delito mais visto dentro de um estádio (?!) foi tentativa de homicídio. Atletiba da vergonha, isso sim!

Lá em 2009, a cúpula alviverde já sabia que a torcida não iria engolir outro rebaixamento e mesmo assim houve falha na segurança. Em Santa Catarina, onde o Rubro-Negro cumpria punição por uma briga entre os próprios torcedores (que já se esfaquearam na Arena, relembre-se), a direção ignorou o risco iminente estampado até no site da principal uniformizada. Com medo, a Fanáticos avisava que não venderia passagens para mulheres ou crianças irem a Joinville.

Ou vai dizer, senhor presidente, que não sabia que o encontro entre facções de Atlético e Vasco representa uma ameaça? E agora vem exaltar o desejo de "extirpar o calo" que a má torcida representa. Lindo discurso. Válido até a próxima eleição.

Por causa dos delinquentes, a novíssima Arena deve ser inaugurada sem time, ou sem torcida. A punição do STJD ao Furacão pode chegar a perda de 20 mandos. Ou jogar sem público.

Não é o tamanho da pena, mas a certeza da punição que poderia coibir a violência. Essa certeza não existe para os bandidos uniformizados. Assim, a mistura de incompetência e ignorância será cada vez mais perigosa. E mortal.

Manezinhos

Que venha o Brasileirão 2014! A primeira edição do campeonato com mais times catarinenses do que cariocas.

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