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Sinceramente não imaginei que a coluna da semana passada ("Adeus") fosse causar polêmica. Para quem não leu, resumo: digo adeus ao Clube Atlético Paranaense. Despeço-me dizendo que não torço mais pelo time. Que cansei. Fui.

Recebi muitos e-mails, a maioria – ufa! – favorável. Mas teve quem ficasse bastante chateado. Normal. Democracia é isso aí. Ora, qual é o problema de não torcer mais para o seu time de futebol? É só uma opção, uma decisão pessoal sem grande importância. Existem muitas outras coisas na vida tão relevantes quanto seu time de futebol.

Em relação ao Atlético (e poderia ter sido qualquer outro clube), foi apenas desencanto de "foro íntimo". Não tem nada a ver, como alguns leitores sugeriram, com seu péssimo desempenho no atual Campeonato Brasileiro. Disseram também que estaria abandonando o barco covardemente. Perguntaram-me por que não tomei esta decisão quando ele foi, por exemplo, campeão brasileiro, em 2001. Repito: não tem nada a ver com seu momento vivido no futebol. Se estivesse liderando o torneio, aconteceria do mesmo jeito.

Talvez tenha usado inadequadamente este privilégio, de escrever aqui neste nobre espaço, para uma questão menor, particular. Este talvez tenha sido meu erro.

Deveria ter ficado quieto no meu canto, como alguns amigos que também já abandonaram o CAP há muito tempo, mas não contaram isso em coluna de jornal.

Continuo, como jornalista, torcendo pelo sucesso do futebol paranaense, claro. Isso nos interessa. E isso inclui também torcer para que a escolha de seus dirigentes, desde a Federação até os clubes, seja por bons homens, de alma leve, espirituosos, corretos. E bem-humorados, se não for pedir muito.

Curioso é que na referida coluna do "adeus" abri com parágrafo alertando que "escrever sobre futebol é uma porta aberta à encrenca". E não deu outra.

Mas... quem está na chuva...

Falando em chuva, é por coisas como esta que aconteceu com o CAP no Beira-Rio inundado que este cartunista e dublê de cronista esportivo se desiludiu com os gramados.

O Atlético não deveria nem ter entrado em campo quando soube da escalação do árbitro flamenguista Luís Antônio Silva Santos.

Luís planejou a derrota do Rubro-Negro. Isso ficou claro não apenas pelo pênalti inexistente marcado pro Inter, aos 43 minutos do segundo tempo.

Poderia mesmo ter se enganado no lance. Mas o que escancarou seu plano de fraude foi o momento em que Pedro Oldoni avançava para marcar o gol de empate, já nos descontos, e ele parou Pedro para marcar falta vencida pelo próprio Atlético. Ali Silva Santos se entregou. Se o suspeito árbitro for punido, apitará na Segundona Divisão. Se cuida, Coxa.

Não sou mais torcedor do Atlético, mas não desejo que ele caia para a Segunda Divisão. De jeito nenhum.

Agradeço aos que enviaram sua opinião sobre meu "adeus". Não pretendo mais tocar no assunto. Estamos falados. Até logo.

tiagorecchia@gazetadopovo.com.br

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