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Este dublê de cronista esportivo conseguiu, nesse último fim de semana, assistir aos três jogos dos três mosqueteiros da capital. Das raras vezes que pôde completar uma rodada inteira. Um porre de futebol. Todos pela tevê: 90 minutos de Brasiliense x Coxa e 90 de Flu x Paraná no sábado; no domingo mais 90 minutos de CAP x Inter de POA. Total de 270 minutos. Quatro horas e 30 minutos de bola rolando, fora os intervalos.

E o que viu este dublê, estatelado na poltrona? Viu a arbitragem jogar mais uma vez mais que os jogadores. Oitenta e um atletas, para ser exato – contando com as substituições – envolvidos nas três partidas dessa quarta volta dos torneios A e B-Side do Brasileirão-06.

Apesar de não ser o forte deste dublê, ele fez as contas. Curioso (se é que isso é curioso) é que Brasiliense, Flu e Inter usaram 14 atletas cada para vencer suas partidas. Nossos 3 patetas usaram apenas 13 cada. Substituíram menos e perderam mais.

Mas o que interessa lembrar é que os 9 árbitros fizeram barba, cabelo e bigode nos 81 atletas, mais comissões técnicas. E não adianta colocar 106 tevês no estádio, como fez o Atlético, que as injustiças não vão parar. Elas apenas poderão ser vistas em "slow-motion".

Ponham replay para arbitrar aí, gente!

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O Sesc da Esquina tá preparando uma semana – a última deste mês – futebolística. É o evento "Futebol à Margem de Tudo". Em ano de Copa é assim, escuta-se "gol" até em jogo de basquete. Este dublê de cronista esportivo foi convidado para falar sobre sua atividade como cartunista deste esporte, o mais queridinho do país, o que derrubou o "complexo de vira-lata" do brasileiro, segundo Nelson Rodrigues.

Colaram nas mãos deste dublê textos do evento, que ganhará belo material gráfico. Dos textos, entre frases antológicas, gafes, depoimentos e poemas de Drummond, chamou a atenção o "Quando a Pátria Calçou Chuteiras", de Fábio Franzini, mestre e doutor em História Social pela USP.

Bem escrito, relata os capítulos iniciais da história do futebol brasileiro. Das birras de paulistas e cariocas pelo controle do futebol ao ditador Getulio Vargas que, em 1937, com o clima nacionalista do Estado Novo, sua ditadura deu os primeiros passos pra legitimar o caráter oficial da delegação brasileira em Copas do Mundo. Neste ano, segundo Franzini, o Brasil calçou chuteiras pra nunca mais tirar.

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