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Comprar ingresso para um clássico regional – qualquer um do país – é o mesmo que comprar bilhete para os quintos dos infernos.

No clássico entre São Paulo e Corinthians (1 a 1, no Morumbi), provavelmente houve mais feridos do que chutes a gol. Em Minas um torcedor do Galo nem chegou a embarcar no ônibus que o levaria ao estádio. Foi direto para seu próprio velório.

Não tem Estatuto do Torcedor que garanta que você volte vivo para casa depois de um jogo com altas doses de rivalidade, baderna e burrice – tanto de alguns torcedores como de dirigentes que organizam os jogos.

No último Atletiba contabilizamos 0 a 0 no placar e mais de uma dúzia de ônibus quebrados.

É um papo chato este. Uma repetição sem fim para lugar nenhum. Muitos acreditam que a culpa é das organizadas, onde alguns integrantes vestiriam a camisa do clube como se estivessem envergando uniformes de guerrilha. Outros acham que a responsabilidade maior é dos dirigentes e da segurança pública. Para este dublê de cronista esportivo é o conjunto da obra o grande autor da patuscada.

O exemplo do Morumbi, que ainda tem sangue fresco no asfalto: a diretoria do SPFC liberou 10% de ingressos aos corintianos. Ótimo. Poderia ser mais generosa e liberar 20%; afinal, o tal Estatudo do Torcedor não determina esta porcentagem.

O problema é que o "bando de loucos" alvinegro ficou engalfinhado no local de visitantes e a saída afunila até ao sufocamento. Junte a isso uma bomba e terá um inevitável pânico seguido de pisoteamento.

Agora pegue isto tudo e coloque diante de uma polícia estressada e mal paga: Bum! Pow! Bang! Crás! Ahhh!

Se há violência gratuita e mortal até mesmo em trotes de calouros em universidades, imagine em torno de um clássico do futebol, onde se leva pau mesmo tirando notas boas.

A onda paranista – no sentido de estado, não do Paraná Clube – que a criação do Corinthians Paranaense gerou dá para iniciar um levante separatista reivindicando um estado independente do país.

Em enquete da Gazeta do Povo Online, 78% dos internautas acharam que foi bola fora. Outros 13% garantem que o gol valeu e outros 9% não viram o lance e não tão nem aí.

Bem, o fato é que para manter um time de futebol precisa de muita grana. E acho que os Malucelli, apaixonados históricos que são pelo esporte bretão (Joel e Juarez jogam mundo além na categoria Master), fizeram esta parceria com o Corinthians Paulista para não perder a bola dos pés.

Terá torcida por aqui? A contra já é imensa.

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