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Só deu placares magrinhos na última rodada, a 31.ª do Brasileirão Série A. Quem fez dois gols, goleou, mas ninguém venceu por diferença de mais de um gol.

Seis empates e quatro vitórias. Dos empates, três foram em 1 a 1; dois 0 a 0 e o 2 a 2 de Cruzeiro x Náutico, o jogo com mais gols – jogo em que o Acosta joga, tem gol no plural. O uruguaio (17 gols) ainda vai tomar a artilharia de Josiel (18), que minguou junto com todo o time paranista.

O gol de empate de Acosta contra o Cruzeiro foi típico de artilheiro – e todo artilheiro é um grande oportunista: no lance a bola é cruzada na área com força e ele apenas esticou a perna para desviar pro gol. Artilheiro enxerga aquilo que os outros não enxergam. Washington, artilheiro e vice-campeão pelo Atlético em 2004, também era assim. Quando são altos, como ambos são, têm de compensar com raciocínio relâmpago. Seus gols são muito parecidos.

Ao contrário de Josiel, de estatura menor. Precisa correr mais para chegar ao gol. Será difícil o artilheiro do Tricolor sustentar a artilharia com Acosta por aí.

E no momento em que o Paraná mais precisa de seu artilheiro mais ele some. Que praga. O pênalti que perdeu contra o Flamengo não foi pênalti, mas não precisava ter feito justiça com os próprios pés perdendo o gol certo.

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Daniel Marques, sempre ele, é convocado para dar a cara a bater depois de qualquer partida. Vencendo ou perdendo lá está ele em "big closed" na tela. Sua expressão é sempre de tédio, mesmo depois de uma vitória.

Jogou pouco contra o Flamengo – entrou no lugar de Nem, que não está nem aí para o que estão dizendo dele – e foi dizer a quem quisesse ouvir que o Paraná ainda não jogou a toalha. Tem jogos difíceis pela frente, mas que jogos nesta reta final não serão?

Os poucos gols e os muitos empates da última rodada comprovam que tudo ficará mais difícil. Todos serão mais cautelosos. Qualquer ponto valerá muito mais do que antes.

É o gargalo, a garganta, o pescoço que está em jogo.

Os depoimentos "realistas" (eufemismo para "pessimista") de ex-dirigentes do Tricolor da Vila agora não ajudarão em nada; antes só irão atrapalhar.

Como diz o próprio Daniel Marques nas coletivas após os jogos, quem tem de resolver são os jogadores em campo.

Eles que se virem.

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O Dunga do desenho de Walt Disney é surdo-mudo. O Dunga da seleção é míope. Trocou atacantes por defensores. Aos 35 minutos do segundo tempo disse para Jorginho: "Acho que vou mexer". Jorginho respondeu "espera mais um pouco". Dunga é o Dunga. O Mestre é o Jorginho?

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