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Vila, tá na hora... de quebrar o jejum de nove anos de panela no fogo e barriga vazia. Duro será esperar até domingo pelo banquete, já posto na mesa com todos os talheres depois da (surpreendente) goleada por 3 a 0 - ou alguém apostou que o Paraná iria para o Norte fazer o estrago, assim, deste tamanho, que fez na Adap?.

Era favorito, mas não para tanto. Afinal, bem ou mal, o time do "campo bordejado de araucárias" eliminou a dupla Atletiba e só faltava o último inimigo da capital. Os mourãoenses que migraram para Maringá estavam certos de que seu Leão abocanharia mais esse filé mignon de Curitiba. Mas tinha um Paranito no caminho; no caminho tinha um Paranito. E ele caiu como uma pedra no estômago do Leão. Foi indigesto.

Voltaram para casa levando da Cidade Canção uma musiquinha desagradável para seus ouvidos, entoada pela minoria tricolor (de duas cores, Nego?) que também para lá migrou temporariamente: "É campeão! É campeão!".

Domingo, no Pinheirão, de Campo Mourão só deve vir o time da Adap. Depois dos 3 a 0 o interesse da região Norte pelo futebol deverá voltar à rotina, aos clubes paulistas ou ainda à dupla Grenal. Os nortistas que vierem à finalíssima devem retornar com outro refrão, aquele do "bicho do Paraná": "A vida pra mim na cidade grande/Tá difícil pra danar/.../Quero voltar pra minha terra/Pro norte do Paraná". Indigesto.

Mas, cuidado, tricolor da Vila, Tá Na Hora: futebol é uma caixinha de pandora (ou seria pandorga? Ih, esqueci).

E tem prévia do banquete de domingo em restaurante de Santa Felicidade, nesta quinta-feira. Os paranistas estão preparando comelança pra encher a panela da campanha "Vila, acabou o jejum!".

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Em time meu, o goleiro Flávio não só seria titular como também dava a ele a chave do meu carro e o telefone de minha ex, se o Pantera quisesse. Enquanto ele for o guardião do gol tricolor, a turma da "Vila, chegou nossa vez!" pode dormir tranqüila. É o único campeão brasileiro dessa final do Paranaense e seu tamanho é desproporcional ao restante. Um gigante em terra de anões. Dono da segunda defesa menos vazada do Brasileiro do ano passado (Darci atrapalhou sua marca) e menos vazado neste regional (15 gols em 19 partidas), é o mais indicado pra primeiro levantar a taça do sétimo título paranista.

A Adap ainda tem chances? Não. Flávio não tomou mais de dois gols nesta temporada. Não vai ser agora.

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Isso tudo acontecendo e o Severiano sem ver ou ouvir nada. Cela comum não dá direito a tevê nem rádio. Nem caneta para escrever as memórias do cárcere ou jogar forca com os companheiros.

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