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Em matéria do site FutebolPR, são levantadas as razões pelas quais Coritiba, Atlético e Paraná têm pouco público na maioria dos jogos disputados em seus estádios. O problema todo seria a desconfiança na qualidade dos times, com torcedores procurando os estádios apenas em jogos mais importantes.

Também o número de sócios é um bom termômetro para medir esta desconfiança. Para se ter uma idéia, segundo a matéria, nossos três fortões da capital somam, juntos, quase o mesmo número de associados do Figueirense, que conta com 11 mil fiéis no Orlando Scarpelli. Para efeito de comparação, também é lembrado o número de sócios do Inter de Porto Alegre, com 40 mil fazendo R$ 1,2 milhão de renda mensal.

Em entrevista ao site, Mauro Holzmann, diretor de marketing do CAP, diz que o torcedor não confia no clube. Com apenas 2.500 sócios, o Rubro-Negro conta apenas com lampejos da torcida em partidas de maior apelo popular, como jogos com grandes clubes do Brasileiro. Holzmann ainda conclui que "é uma vergonha para os torcedores paranaenses, que não consomem a paixão pelo clube".

No Coxa, apesar do bom público nos últimos jogos, a coisa não é muito diferente do CAP: 2.860 felizes proprietários de cadeiras no Couto. Também para o FutebolPR, Luiz Henrique de Barbosa Jorge, o Espeto, secretário executivo do alviverde, diz que são três as razões do fraco público: questões financeiras, climáticas e também a tal desconfiança. "Se o time for bem, o torcedor comparece em peso, se for mal, o estádio fica vazio", afirma Espeto.

Pela banda da Vila Capanema tudo piora. São minguados 910 sócios, donos de cadeiras e camarotes no reformado estádio (os 6 mil sócios do "clube social" não valem nesta contabilidade). Para o professor Miranda, presidente tricolor, o problema está na falta de hábito de comprar pacotes. Também diz que seu torcedor é desconfiado, que espera pelos bons momentos do clube pra freqüentar os assentos do estádio.

Resumo: se o time vai bem, as arquibancadas também vão. Mais óbvio, impossível.

É o que se tem visto no Couto e Pinheirão, com públicos recordes até o momento. Neste raciocínio, se a equipe do CAP continuar na mesma cantiga, a Arena ficará às traças.

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Depois da seqüência extraordinária dos jogos pós-Copa, com quatro vitórias e dois empates, o Coxa fará hoje uma espécie de prova final da boa fase, contra o Atlético Mineiro, o esperado "Atletiba".

Nos seis jogos anteriores, os adversários eram de segunda grandeza: CRB (2 a 2); Paulista (2 a 1); Vila Nova (2 a 1); Náutico (2 a 2); América (5 a 1) e Paysandu (1 a 0) foram banquete necessário e indispensável para essa subida vertiginosa do Verdão na classificação. Agora é osso duro, carne de pescoço.

Se arranjar pelo menos um empate em BH, o jogo do final de semana contra o Gama promete novamente bom público, para alegria de Espeto.

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