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Enquanto este cartunista – e dublê de cronista esportivo – rabiscava, no domingo, suas charges, acompanhou de ouvido (e algumas pescoçadas na tevê) o GP de F-1 e, minutos depois de Interlagos, o jogo Atlético x Sport.

Dizem que o som dos motores dos carros da F-1 é arrepiante quando se está "in loco" no autódromo. Pela tevê a gente tem a impressão de que está sob ataque de um enxame de abelha: zum-zuuummm-zum!

Meu interesse por Fórmula 1 se limita às tais pescoçadas no que acontece na pista, via transmissão. Nunca assisti a uma corrida das arquibancadas, apesar de ter corrido com kart (piloto!) com gente que já havia sido campeã em circuitos amadores. (Minha melhor posição foi um oitavo lugar, quando nove competiam – lanterna, não!).

Bem, ao final do GP Brasil, com os 38 segundos do título nas mãos de Massa, com a galera em Interlagos vibrando e meus vizinhos gritando e batendo os pés no chão, pensei que o brasileiro, a partir dali, voltaria a assistir à Fórmula 1 com a mesma voracidade dos tempos de Ayrton Senna.

Na última curva voltamos à fila de espera, já espichada em 17 longos anos. Se Massa não der um jeito nisso ano que vem, talvez seja o caso de retornarmos aos karts.

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Também na última curva o Atlético se deu bem, contra o Sport, na Baixada. Foram três pontos tão importantes quanto o pontinho a mais que Hamilton fez em cima de Massa. Foi injusto o resultado contra o Sport, como admitiu Geninho, porém "excepcional".

Goza folga da ZR até amanhã, quando Figueirense e Fluminense retomam a partida dos apagões, em Floripa. O mesmo Figueirense que joga de novo no Orlando Scarpelli, no sábado, com o próprio Atlético. O mesmo Figueirense que foi até o Olímpico e só não venceu o ex-líder Grêmio porque os catarinas também têm um Oldoni, que perdeu o gol da vitória, já no fim da partida, cara-a-cara com o goleiro.

Talvez o Figueira seja o adversário da escapatória mais complicado. Vai ser difícil para o Flu manter o 1 a 0 parcial. Será complicado para o CAP buscar três pontos lá, talvez nem o ponto solitário de um empate. Depois do jogo no Olímpico, o Figueira deve estar se achando.

A verdade é que os barrigas-verdes estão comendo grama para sair dessa. O Atlético terá que comer a grama e, de sobremesa, a bola.

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Estranho Dorival Júnior dizer que seu time ainda está em formação. A esta altura do campeonato?

Se bobear ainda perde uma vaga na Sul-Americana nas últimas curvas.

tiagorecchia@gazetadopovo.com.br

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