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O Inter é o favorito para conquistar a Liberta­­do­­res. Mas nada está decidido. Contra o Universi­­dad de Chile, o Chivas jogou me­­lhor fora do que em casa. O mesmo já ocorreu em outras decisões.

O perigo maior não é o Inter achar que já ganhou, por causa da euforia da torcida e da mídia. O perigo maior e mais comum são os jogadores não suportarem a ansiedade e a responsabilidade de, em casa, se sentirem obrigados a ser campeões. Foi o que ocorreu com o Cruzeiro, no Mi­­nei­rão, contra o Estudiantes. Os jogadores, nervosos, erravam passes de três metros.

Assim como a nova seleção brasileira, o Corinthians dirigido por Mano Menezes, o Santos, a nova seleção argentina e outras equipes brasileiras, o Inter adotou o esquema tático da moda na Europa, com um jogador de cada lado, marcando e atacando.

Para esse esquema funcionar bem, os jogadores precisam ter características de atacantes, não se limitar a atuar fixos pelos lados e ainda entrar pelo meio para fazer gols. Se tiverem características de armadores e forem lentos, como Tcheco e Danilo, não funciona. O centroavante fica isolado.

Uma desvantagem de se jogar dessa forma é perder a dupla de atacantes, como a do Fluminen­­se, com Emerson e Washington, que se entendem muito bem.

Diferentemente do São Paulo, tricampeão brasileiro, o Flu­­mi­­nense joga em um estilo mais leve e de troca de passes. Se o Flu continuar muito bem até o fim do Brasileirão, mesmo não sendo campeão, Muricy vai mostrar que sabe armar um bom time de várias maneiras. Ele, que já é um excelente treinador, será ainda melhor.

Conselhos

Não sei se é melhor Neymar ir agora para a Europa. Não sou um bom vidente nem um bom con­­selheiro. A vida não tem re­­gras. A experiência de um jogador não serve para outro. Não é só Neymar que está com dúvidas. Muitas coisas importantes em nossas vidas são decididas também na dúvida. Tudo é in­­certo.

Há várias razões para não sair e para sair. Algumas delas são a violência e o tipo de marca­­ção. Os europeus e os norte-americanos, como vimos no amistoso contra o Brasil, marcam por se­­tor, preocupados com os espaços na defesa. No Brasil, principalmente contra jogadores habilidosos e dribladores, a marcação é no corpo, na pegada, na pancada. Neymar do­­mina a bola e re­­cebe uma trombada. A chance de contusão é muito maior.

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