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A confirmação da saída de Adriano do Corinthians, oficializada na última segunda-feira (12), deixou o time, ainda, com sete atacantes à disposição do técnico Tite e fez o clube se render ao custo-benefício muito ruim que o badalado jogador oferecia no Parque São Jorge. E, agora, com o término da passagem do Imperador, os dirigentes corintianos contabilizam os prejuízos provocados pela sua contratação, que no final das contas se revelou um fracasso. Tanto em termos financeiros quanto dentro de campo.

Embora o atacante tenha feito um gol decisivo em uma importante vitória de virada sobre o Atlético-MG, no Pacaembu, na reta final do Campeonato Brasileiro de 2011, ele só esteve em campo em oito partidas durante quase um ano. Trazido pelas mãos de Ronaldo, seu ex-parceiro de seleção brasileira, Adriano foi atrapalhado por uma lesão no tendão de Aquiles do seu pé esquerdo em abril do ano passado, mas esteve longe de mostrar uma postura profissional durante a sua curta trajetória no Corinthians. Nunca conseguiu entrar no peso ideal e voltou a cometer os atos de indisciplina que também marcaram as suas passagens por times como Inter de Milão, Roma e Flamengo.

Com um salário de cerca de R$ 380 mil por mês, Adriano só marcou dois gols em apenas oito partidas, sendo sete delas oficiais e um amistoso. E, nestes oito confrontos, Adriano atuou apenas uma vez durante os 90 minutos. Foi no último dia 25 de fevereiro, quando fez o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo, no Pacaembu, pelo Paulistão.

Em 2011, depois de romper o tendão de Aquiles em abril, o atacante só conseguiu estrear no dia 9 de outubro, diante do Atlético-GO, pelo Campeonato Brasileiro. Depois encarou apenas Botafogo, Atlético-PR e Atlético-MG naquele ano, sempre saindo da reserva. E, somente na última destas partidas, ele conseguiu ser produtivo e decisivo ao fazer o gol do triunfo por 2 a 1 sobre os atleticanos.

Já 2012 começou para Adriano no amistoso com o Flamengo, no qual também iniciou o duelo entre os reservas, que depois foram todos para campo ao lado do jogador para o segundo tempo do confronto que terminou em 2 a 2. Em seguida, no mês passado, fez finalmente o seu primeiro jogo como titular, diante do São Caetano. Ele voltou a ter essa condição nas suas duas partidas seguintes no Paulistão, contra o Botafogo e Santos, contra quem acabou realizando a sua despedida com uma atuação apagada.

Prestes a disputar o seu terceiro jogo na Copa Libertadores, nesta quarta-feira, contra o Cruz Azul, no México, o Corinthians já havia descartado a participação do atleta neste estágio inicial da competição nos jogos contra Deportivo Táchira, na Venezuela, e Nacional-PAR, no Pacaembu. Este foi outro sinal claro da falta de confiança em Adriano, descartado do estágio inicial do torneio que é a principal prioridade corintiana neste primeiro semestre.Atacantes de sobra

O reflexo da falta de confiança em Adriano dentro do Corinthians foi o fato de que o clube contratou para esta temporada os atacantes Gilsinho, que estava no Jubilo Iwata do Japão, e Elton, ex-Vasco, sendo que Tite já tinha Emerson, Jorge Henrique, Liedson e Willian para o setor. E, para completar, o comandante ainda contou com o retorno de Bill, de volta após atuar por empréstimo no Coritiba em 2011.

A saída de Adriano, por sua vez, tira das costas de Tite o peso de contar com um jogador consagrado no elenco, mas que pouco fazia nos treinos e nos jogos para justificar o seu alto salário e status. O treinador já havia demonstrado muita irritação com o atacante na última sexta-feira, quando afirmou, em entrevista coletiva, que o atleta decepcionou por "não ter se dedicado" nos treinamentos e no já velho objetivo de perder mais peso para ser mais competitivo em campo.

Tite chegou a usar um palavrão ao responder uma pergunta de um repórter que questionou se ele estava chorando durante a entrevista coletiva na qual confirmou que Adriano foi descartado do jogo contra o Guarani, no último domingo, no Pacaembu, pelo Paulistão. Inicialmente, era prevista a presença do atacante no duelo, mas o jogador foi vetado após um suposto novo ato de indisciplina, embora o comandante tenha dito que o atleta acabou barrado por motivos técnicos.

Antes do treino da última sexta-feira, Adriano se recusou a participar de uma pesagem, fato que teria motivado uma discussão de Tite com o atacante, mas o treinador negou que isso tenha ocorrido.

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