O Centro de Excelência de Ginástica (Cegin) ganha novo alento – ou sobrevida.
A estrutura, que convive há dois anos com a ameaça de fechar as portas, prorrogou contrato com patrocinadores, o que fez com que o prazo dado pelo Ministério dos Esportes para captação de recursos, que antes terminava em março, fosse prorrogado até junho.
O Cegin, que é um dos principais polos de formação de ginastas do Brasil, convive há dois anos com a ameaça de fechar as portas .
Segundo a presidente da Federação Paranaense de Ginástica, Vicélia Florenzano, por pelo menos quatro meses o centro pode continuar funcionando normalmente.
“A Volvo, que já vem patrocinando a gente há algum tempo, depositou R$100 mil para pagamento de professores e ajuda de custo para os atletas”, afirmou.
O montante depositado pela empresa automobilística, somado a uma sobra de recursos vindos da Lei de Incentivo do Esporte, ajudou a adiar o prazo final para a renovação de patrocínio, mas, segundo Vicélia, a verba não é suficiente para sustentar o centro até o fim do ano.
Além da Volvo, outro parceiro antigo do centro sinaliza renovação de patrocínio, tranquilizando Vicélia. “A Cielo avisou que vai continuar com a gente. Não tem nada oficializado, mas temos a palavra deles de que existe a intenção de seguir ”.
O Cegin possui uma escolinha de ginástica, além de receber atletas para treinamento de alto rendimento. Ao todo, sete deles fazem parte da seleção brasileira, como Daniele Hypólito, Lorrane Santos; e também da equipe júnior.
O projeto exige um investimento de pelo menos R$10 milhões a cada 14 meses.
E não é a primeira vez que o Cegin dá indícios de encerramento. Em 2013, foi preciso uma manobra financeira para que o ginásio continuasse funcionando. O governo autorizou que os recursos que seriam destinados apenas para melhorias na estrutura do ginásio fossem utilizados para pagamento de salários e outras despesas .
Com a aproximação das Olimpíadas do Rio, em 2016, a preocupação com a manutenção do centro aumenta, principalmente devido aos atletas de ponta que devem usar o local para preparação para os jogos.
Eliane Martins, coordenadora do Cegin, faz o alerta. “A escolinha nós conseguimos ir levando com pouco recurso, mesmo com dificuldades, mas o treinamento de atletas olímpicos exige maior investimento”.
Em agosto de 2014, o centro recebeu aparelhos de ponta, fruto de um convênio entre a Confederação Brasileira de Ginástica e o Ministério do Esporte. Mas não há sinais de mais ajuda vinda de órgãos públicos.
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