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Maracaibo – Contra uma torcida que não chega a ser apaixonada, sem pressão e no país que menos tem tradição em competições continentais. Depois da prova de fogo na fase preliminar contra o Cobreloa, é de forma "tranqüila" que o Paraná estréia no Grupo 5 de sua primeira Libertadores às 20h30 (de Brasília) de hoje, contra o Unión Maracaibo.

O adversário foge totalmente dos estereótipos mais comuns no torneio: o time copeiro, normalmente argentino, chileno, paraguaio ou uruguaio, e o de qualidade duvidosa que chega longe graças à altitude na Bolívia, Equador, Peru ou Colômbia – nos últimos anos também surgiram as equipes mexicanas recheadas de argentinos.

Nem com sua principal arma natural o time da casa poderá contar. Afinal, o calor temido pelo Paraná, que realmente é quase insuportável durante o dia, é amenizado por uma brisa suave perto do anoitecer, ofertada pelos ventos alíseos que vêm do Lago Maracaibo. A partida está marcada para às 18h30, horário local, apenas meia-hora antes do início do crepúsculo.

No treino de reconhecimento do Estádio José "Pachencho" Romero, ontem, em uma grama quase perfeita, os jogadores paranistas só encontraram uma dificuldade: exatamente o vento que diminui os efeitos do calor. "Mas pode tanto ajudar como atrapalhar. O time precisa estar atento para não se atrapalhar e tentar tirar alguma vantagem desse particular", alertou o técnico Zetti.

Outra característica marcante da Libertadores, a pressão da torcida adversária, também passa longe de Maracaibo. Apesar de serem esperados cerca de 25 mil torcedores do Unión Atlético na partida de hoje, a grande distância da arquibancada ao gramado evita o "bafo na nuca" tão comum em outros locais pelo continente.

Fatores que ajudaram na análise da mídia de que o grupo do Paraná é um dos mais fracos do torneio. Conta ainda com Flamengo e Real Potosí, que se enfrentaram ontem – o time boliviano, sim, um daqueles que tem a altitude como arma para amenizar seu futebol sofrível.

Porém, com uma boa dose de precaução para toda a fase, os jogadores paranistas, como o zagueiro Daniel Marques, lembram que na Pré-Libertadores o Tricolor é que era considerado zebra por muita gente. "Na teoria não teríamos nem passado pelo Cobreloa. Então não vamos nos apegar agora a ela também. Temos de resolver na prática."

- Na TV: Maracaibo x Paraná, às 20h30, na FX.

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