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Comprometimento. A palavra virou mantra para Dunga. E terá de estar na ponta da língua dos jogadores que desejarem ir à Copa do Mundo. Para explicar a formatação do grupo já eleito para o torneio, para justificar a ausência de atletas – no caso mais evidente, Ronaldinho Gaúcho –, o treinador usa a palavra mágica que faltou no Mundial de 2006.

Favorito na Alemanha, o Brasil fracassou por levar a competição na brincadeira, desde a preparação até os momentos fatídicos contra a França, nas quartas de final. Assim, ao pedir para que os jogadores só pensem na seleção nos próximos 60 dias, Dunga não quer apenas que eles evitem possíveis lesões, mas que coloquem na cabeça que Copa do Mundo é assunto sério. Evitar o fiasco da Alemanha é o principal objetivo do treinador. E o estilo durão, capaz de evitar a badalação excessiva, foi o que lhe rendeu o convite de Ricardo Teixeira.

"É lógico que aquilo que eu peço é um pouco de sacrifício. Todos vão ter de se doar. Para mim e para a seleção. Até agora, eles sempre fizeram esse sacrifício", falou o técnico, que já avisou que estará de olho no que farão seus pupilos nos clubes até o momento da convocação.

"Nós só dependemos de nós", disse o treinador, confiante que o principal inimigo do time é extamente a falta de concentração. Dunga, porém, foi irônico ontem ao falar sobre as chances da seleção na Copa da África. "Para mim é surpresa a gente ser o favorito. Pelo o que leio, todos os brasileiros estão jogando mal na Europa. Como podemos ser favoritos, não é contrassenso?", comentou, se referindo certamente a Kaká, muito criticado na Espanha, e até a Robinho, que tro­­cou o Man­­chester City pelo San­­tos depois de ser deixado de lado no clube inglês.

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