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  • Confira os nomes confirmados e especulados dos três times

Repletos de mudanças e indefinições, Atlético, Coritiba e Paraná dão a partir de hoje o primeiro passo da nova temporada, após cerca de um mês de férias, desde o fim das Séries A e B do Brasileirão 2010.

Com baterias de exames médicos e testes físicos, o Coxa e o Tricolor colocam os "pés na massa" nesta se­­gunda-feira, no CT da Graciosa e na Vila Capanema, respectivamente. Amanhã os paranistas começam a pré-temporada no CT Ninho da Gra­­lha, ficando hospedados por 12 dias em um hotel em Quatro Barras. Já na quarta-feira o Alviverde parte para 13 dias de preparação em Foz do Iguaçu. No dia seguinte, os ru­­bro-ne­­­gros se reapresentam no CT do Caju, local onde o Atlético fará toda sua pré-temporada.Calor e mudanças

Sob o forte calor da Tríplice Frontei­­ra, o Alviverde terá, além da mudança no comando técnico, com Mar­­celo Oliveira substituindo Ney Franco, pelo menos sete caras novas no time campeão da Segunda Di­­vi­­são do ano passado.

"Para um clube como o Coritiba, o mercado nunca está fechado. É preciso estar atento a ele e às performances dos novos contratados. Es­­tamos com um número [de atletas] próximo daquele que esperamos co­­meçar o Paranaense", explicou o coordenador de futebol coxa-branca, Felipe Ximenes. Segundo ele, alguns reforços ainda virão para suprir posições carentes do time, que estreia no Estadual no dia 16 de janeiro, em Ponta Grossa, contra o Operário.

"Não dá para alimentar esperança falsa no início de temporada, mas vamos com garantia de muito empenho e de um time competitivo para conquistar o bi no Paranaense", completou o dirigente, que espera não repetir os percalços vividos no ano passado.

Apostas

Problemas antigos, entretanto, ainda assombram o futuro do Paraná. Depois de não renovar com a base da equipe que terminou a temporada – mais de 20 atletas deixaram o clube – e penar para conseguir quitar os salários atrasados, o técnico Roberto Cavalo, um dos poucos remanescentes, terá de trabalhar com apostas e com as categorias de base para colocar um no­­vo time em campo.

Mesmo sem confirmar reforços e apenas contar com nomes "acertados", o assessor de futebol Paulo César Silva promete um grupo forte. "Nosso time vai ser de guerreiros, não de técnica. Time de garra, que terá de envolver o torcedor no sentido de aumentar o número de sócios, que é fundamental", disse o dirigente. Ele revelou que o Tri­­color, mais uma vez, contará com um grupo de empresários para a mon­­­­tagem da equipe.

"Este aporte [financeiro] já está apalavrado. Não são torcedores pa­­ranistas. Um é, em um grupo de mais de seis pessoas. Vai ser divulgado pelo presidente. Vamos ter também um novo grupo de mar­­keting. Uma estrutura totalmente di­­ferente, com os pés no chão, pa­­ra não termos mais situações [de atraso de salários] como esta de 2010", garantiu Silva.

Base mantida

Diferentemente do rival da Vila Ca­­pa­­nema, o Atlé­­tico manteve a maior parte dos titulares. Dos principais nomes do grupo que quase conseguiu uma vaga na Liber­­tado­­res, o za­­gueiro Rhodolfo e o volante Chico estão perto de dei­­xar o clube, en­­quanto o lateral Márcio Azevedo e o atacante Mai­­kon Leite já não fazem mais parte dos planos.

Os reforços, no entanto, já chegaram. "Saindo o Rhodolfo, vêm o Flávio e o Gabriel; para a lateral-di­­­­­reita, o [Marcos] Pimentel; vo­­lan­­­­tes, João Marcos e o Alê; e tem o Madson que já está aí. O Lucas está certo e o Wescley também. Só o Ma­­zola mesmo que não fechou, mas está próximo. O resto está tudo certo", falou o diretor de fu­­tebol Valmor Zimmermann, sem citar o atacante Henan, ex-Red Bull Brasil, que também já foi apresentado. Já no caso do volante João Marcos, o Ceará, seu último clube, garante que não irá negociar o jogador.

Mesmo com o ciclo inicial de re­­forços fechado, a expectativa do Furacão é de um ano ainda me­­lhor do que 2010. "Tenho dito que estaremos pelo menos nas se­­mifinais da Copa do Brasil, da Sul-Ame­­ricana, e vamos disputar o Brasileiro para ficar entre os dez primeiros, pensando de primeiro a quarto", previu o presidente Marcos Malucelli, apostando no título estadual como o co­­meço de tudo.

Alto da Glória

Recuperado, Coxa almeja o bi

Calejado, diferente e com a lição aprendida, o Coritiba se reapresenta hoje no CT da Graciosa e, na quarta-feira, viaja para Foz do Iguaçu, onde terá 13 dias de preparação para a temporada 2011.

Após um ano difícil na Série B, com o agravante de ter jogado longe de casa por dez jogos, o Alviverde retorna à Série A mais profissional e estruturado. Antes, porém, tem pela frente o desafio de conquistar o bicampeonato estadual.

Para isso, o clube já anunciou sete reforços, com destaque para a trinca vinda do Avaí (Davi, Eltinho e Emerson) e do ex-atleticano e ex-paranista Anderson Aquino.

Mesmo assim, as portas ainda estão abertas para mais algumas contratações. "Olhando o elenco, ficam claras as carências que ainda temos", resume o diretor de futebol Felipe Ximenes, sem esconder que o grupo comandado por Marcelo Oliveira deverá ser reforçado.

A lateral-direita, que perdeu Ângelo e Fabinho Capixaba, recebeu Jonas, ex-Vitória, e ontem teve confirmada pela diretoria santista o empréstimo até o fim do ano do ala Maranhão, de 25 anos.

O próprio treinador também chega com a responsabilidade de substituir o campeão de popularidade Ney Franco. "Ele tem de ter a noção exata da grandeza da instituição Coritiba e que a sinergia dele com o clube e a com a torcida resulte positivamente. Ele é mais uma peça que se encaixa para mover toda a engrenagem", completa Ximenes.

Vila Capanema

Tricolor se apoia na juventude

Jovens promessas. É o que o torcedor paranista pode esperar na reapresentação do Tricolor hoje. A ideia dos dirigentes é investir em atletas bons e baratos – até porque não há dinheiro para grandes investimentos. "Há até jogadores que já estiveram fora do país e estão retornando. O mais velho tem 25 anos", revelou o assessor de futebol, Paulo César Silva, sobre o perfil dos sete jogadores já "engatilhados". A oficialização das contratações depende do fim do recesso da CBF.

A intenção, mais uma vez, é utilizar o Estadual para ver quem vinga e depois aproveitar as parcerias desenhadas recentemente com Santos, Cruzeiro e São Paulo. "Mas se eu resolver com essa turma [que deve ser apresentada hoje], para mim é melhor. Eu aposto no Brasileiro. Não queimo dinheiro", bradou.

Com 12 remanescentes de 2009, o clube pretende montar um elenco com 28 atletas, dos quais três ou quatro sairiam das categorias de base. É entre os meninos que está a aposta de Silva. "Eu vou subir um moleque que vai aparecer no Paranaense. Vocês vão ver. Vai ser uma surpresa", garantiu. "Não digo que todos vão vingar. Agora, em um eu boto fé. Pode me cobrar", complementou, na esperança do surgimento de um novo Kelvin. Este, por sua vez, pode nem disputar o Paranaense, pois já indicou a intenção de pagar a multa rescisória e trocar de clube.

Baixada

Elenco encorpado para superar 2010

Depois do quinto lugar no Bra­­s­­ileiro 2010, fruto de uma reorganização feita durante a Copa do Mundo, o Atlético esforçou-se para manter a base do ano passado. Com isso, os nove jogadores contratados para a equipe profissional e os dois que virão para o time de juniores chegam com a intenção de deixar mais forte o grupo rubro-negro, que deve ter 32 atletas.

Um caso exemplar da intenção de fortalecer o elenco é o meia Madson. Mesmo sendo a contratação com mais renome do Furacão, o ex-santista pode não ser titular, pois Branquinho e Paulo Baier se firmaram como os meias de criação.

No ataque, o setor mais criticado da equipe no ano passado, o clube conta agora com nove atletas para duas vagas, ainda sem poder confirmar a chegada de Mazola.

"Estamos formando um grupo mais forte, com possibilidades de boas substituições. Tem o Lucas, estamos trazendo o Wesclei, que vem bem recomendado", lembrou o diretor de futebol, Valmor Zimmermann.

"O Branquinho teve partidas [em 2010] que não foram boas tam­­bém. Eu acho que o ideal é o time não ter aquele desespero quando um não joga. Tem outro jogador que entra normalmente e vai resolver", aposta o dirigente, confiante de que este elenco será me­­lhor do que o anterior.

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