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A resposta chega a ser desconcertante, tamanha a naturalidade com que é dada. Se Kaio Márcio não esconde que seu objetivo nos Jogos Olímpicos de Londres-2012 é ganhar uma medalha, seja de que cor ela for, nadar mais vezes ao lado de Michael Phelps passa a ser condição fundamental. E é um dos pontos de destaque da programação que já foi traçada pelo técnico Luiz Raphael, em parceria com a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), para os próximos dois anos.

" Com qual objetivo? Para ele ganhar do Phelps. E para chegar nas Olimpíadas sem achar que nadar com ele é uma coisa do outro mundo", disse.

Dono do recorde mundial dos 200m borboleta em piscina curta, Kaio está de olho comprido em obter bons resultados na longa, onde reina o fenômeno americano. Mas o quarto lugar no Mundial de Roma, no ano passado, faz o brasileiro acreditar que é possível, sim, chegar à frente do maior atleta olímpico da história.

"Eu consigo imaginar e vou buscar isso. Phelps hoje é ainda o melhor atleta da natação, o top, o cara que todo mundo quer bater. Ele tem também o recorde mundial da minha prova em piscina longa. Tenho que nadar muito com ele até 2012 e ver como estou evoluindo. Por temporada, tenho feito isso, no máximo, duas vezes. Tenho que aumentar isso, porque é muito pouco", afirmou Kaio, que escolheu disputar o Pan-Pacífico em agosto para cruzar com Phelps.

Além da vontade de sobra, ele procurou se cercar de uma equipe multidisciplinar que possa ajudar a tornar a sua caminhada ainda mais curta . Conta com os serviços de um fisiologista, preparador físico, médico e de uma psicóloga.

"Pela primeira vez estou fazendo um trabalho psicológico. Foi uma sugestão do meu treinador. E estou gostando. É bem interessante e acho que ajuda muito atletas que trabalham em alto nível".

Em 2010, Kaio fará treinamento em altitude e programa treinamentos fora do Rio para poder fugir do forte calor. Deverá disputar três competições internacionais fortes e nadar os 200m borboleta 14 vezes. É possível que parte da preparação ele faça em companhia de outros nadadores do Fluminense que surgem como promessas para os Jogos de 2012 e de 2016, no Rio.

"Já temos uma safra muito valorizada, que muitos clubes andaram cantando mas não levaram. Nomes como Julia Siqueira, Rafaela Cunha, Juliana Giglioti, Paula Moitinho, Gabriela Amorim e Luisa Fernandes. Vamos tentar disponibilizar essa estrutura para alguns que são selecionáveis", disse Luiz Raphael.

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