Com público de 400 mil pessoas, austríaco domina treinos do Mundial de Corrida Aérea

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O austríaco Hannes Arch foi o melhor durante as classificatórias do Red Bull Air Race , neste sábado (8), no Aterro do Flamengo. Com o tempo de 1min20seg44, o piloto venceu os britânicos Nigel Lamb (1min21seg17) e Paul Bonhomme (1min21seg62), garantindo ponto extra na classificação geral, antes mesmo da final deste domingo (9).

Enquanto mais de 200 embarcações se posicionavam ao redor do circuito de 5,6 km composto por pilões infláveis instalados na Baía de Guanabara, o britânico Nigel Lamb saiu na frente, liderando a primeira sessão da classificatória. Hannes Arch, porém, guardou o melhor para o fim, garantindo o primeiro lugar na última volta do dia. "Estou muito feliz e motivado para amanhã, mas sei que temos adversários capazes de voar tão rápido quanto eu", disse Arch, que agora soma 15 pontos na classificação, sete atrás do líder Bonhomme.

O brasileiro, que reside em Curitiba, Adilson Kindlemann, não participa da etapa carioca. Recuperado de acidente sofrido em treinos na Austrália, o piloto ainda não está com o avião pronto para tornar a competir.

As finais do Red Bull Air Race acontecem a partir das 10h30 deste domingo (9). Os dez melhores das classificatórias estão garantidos entre os finalistas, no "Top 12". Os quatro últimos colocados terão a chance de brigar pelas duas últimas vagas dos confrontos eliminatórios.

Presença recorde

Desde que foi criado o Red Bull Air Race, jamais se viu tanta gente para uma sessão de classificação. De acordo com a Polícia Militar carioca, 400 mil pessoas passaram pelo Aterro do Flamengo para acompanhar os treinos deste sábado.

Circuito de lata

O piloto Sergey Rakhmanin faz uso de latinhas de energéticos para traçar no chão do hangar da Força Aérea Brasileira, no Aeroporto Santos Dumont, de onde partem os aviões, para decorar o traçado. "São detalhes importantes em meio a tanta tecnologia", explica Philipp Kalitin, o engenheiro da escuderia russa. A tática serve para não errar na hora do pra valer, lá no alto.

Imprensa poliglota

Não foi apenas a presença de público que surpreendeu, o setor da imprensa estava reforçado. Mais de 200 jornalistas de todo mundo. Entre os brasileiros, norte-americanos, alemães, franceses. Até um repórter boliviano, que sabia em detalhes tudo sobre a seleção brasileira da Copa de 1982, pintou por lá. "Eu chorei quando o Brasil perdeu para a Itália do Paolo Rossi", garante o colega de La Paz.

Resultados da classificatória:

1 Hannes Arch (Áustria) - 1:20.44

2 Nigel Lamb (Grã Bretanha) - 1:21.17

3 Paul Bonhomme (Grã Bretanha) - 1:21.62

4 Matt Hall (Austrália) - 1:21.98

5 Kirby Chambliss (Estados Unidos) - 1:22.88

6 Nicolas Ivanoff (França) - 1:23.42

7 Pete McLeod (Canadá) - 1:23.42

8 Michael Goulian (Estados Unidos) - 1:23.58

9 Alejandro Maclean (Espanha) - 1:25.27

10 Matthias Dolderer (Alemanha) - 1:25.40

Repescagem

11 Sergey Rakhmanin (Rússia) - 1:25.53

12 Peter Besenyei (Hungria) - 1:25.84

13 Yoshihide Muroya (Japão) - 1:26.05

14 Martin Sonka (Rep. Tcheca) - 1:28.55