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Oduamadi marcou três gols na goleada da Nigéria | Jorge Silva/ Reuters
Oduamadi marcou três gols na goleada da Nigéria| Foto: Jorge Silva/ Reuters
  • Taiti é goleado, mas ganha a torcida mineira

Jogo com cara de treino, pú­­blico de amistoso, placar de pelada, mas de uma emoção histórica para o Taiti. Uma equipe amadora, contando com apenas um jogador profissional (Vahirua) e derrotada por 6 a 1, conseguiu arrebatar os mineiros na estreia de segunda-feira (17), na Copa das Confederações.

A goleada imposta pela Nigéria, no Estádio Mineirão, não foi suficiente para acordar os taitianos do "conto de fadas", como definiu o técnico, Eddy Etaeta, sobre a oportunidade de representar o pequeno país da Oceania no torneio-teste da Fifa, preparatório para a Copa do Mundo de 2014.

O duelo mais ignorado pelos fãs na primeira fase da disputa – apenas 17 mil ingressos foram vendidos antecipadamente, resultando em um encalhe de 36 mil tíquetes – acabou aquecido pelo público que resolver "adotar" os polinésios. A conquista dos fãs de Belo Horizonte começou com a emocionante execução do hino taitiano, quando o treinador e alguns atletas choraram abertamente, emocionando parte do público.

A esperada fragilidade técnica foi escancarada logo aos cinco minutos, quando Echiejile mancou o primeiro da Nigéria. Aos 10, já estava 2 a 0, com a contribuição de Odumadi, que fez três na partida.

A (falta de) qualidade foi relevada para as arquibancadas, de onde os fãs arriscaram até um "olé" quando os taitianos trocaram mais de três passes e entoavam outros coros de apoio caridoso como "Uh, terror, o Taiti é matador", ou "Vamos virar Taiti", quando Tehau marcou e deixou o placar em 3 a 1. Uma festa no estádio e missão cumprida para o Etaeta que, humildemente, havia estipulado a marcação de um gol como a grande meta para a seleção durante a disputa da Copa das Confederações.

"Sabemos das nossas possibilidades. Estou muito orgulhoso dos meus jogadores. Nos acostumamos a apenas assistir a esses grandes eventos pela tevê e hoje [ontem] estamos sendo os protagonistas", declarou o comandante, que terminava todas as respostas na entrevista coletiva com um "obrigado", em inglês. Mas usou o português para agradecer o inesperado apoio da torcida, que surpreendeu até os nigerianos. "Só tinha torcedores do Taiti, ou resolveram apoiá-los", comentou Oduamadi, eleito o melhor jogador da partida.

"Fiquei muito surpreso e contente com a alegria da torcida. Eles gritaram os nossos nomes. Ganhamos o coração dos brasileiros", reafirmou o técnico. Ele admitiu que sua equipe perdeu feio. Para não ficar pior, pediu respeito à Espanha, próxima adversária, quinta-feira, no Maracanã. "A Espanha vai nos respeitar como espera ser respeitada. A preocupação deles será em vencer, mas não em nos golear", espera.

Já o técnico nigeriano, Stephen Keshi, comemorou o resultado e garantiu que o impasse sobre a as premiações que atrasaram o embarque da equipe para o Brasil está resolvido, apesar de os jogadores terem indicado que irão retomar as cobranças contra a Federação Nigeriana após a disputa no Brasil. A equipe enfrenta o Uruguai, também na quinta-feira, em Salvador.

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