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Campeão e Bola de Ouro do torneio, Neymar atraiu todos os flashes após a vitória sobre a Espanha | Paulo Whitaker/Reuters
Campeão e Bola de Ouro do torneio, Neymar atraiu todos os flashes após a vitória sobre a Espanha| Foto: Paulo Whitaker/Reuters

Participação do público valoriza torneio da Fifa

Ana Luzia Mikos, enviada especial

Se há ressalvas identifica­­das durante a Copa as Con­­federações, elas não estão nas arquibancadas. O evento preparatório para a Copa do Mundo ganhou um expressivo reconhecimento público. Com 11 anos de realização, o torneio no Brasil teve a segunda melhor média de público da competição com 49.973 torcedores. A taxa de ocupação supera 75%. Foram comercializados 802.616 ingressos para todas as 16 partidas.

A versão brasileira só perde para a edição de 1999, no México, com média de 60.625 pessoas. A vice-colocação tem justificativa. Afinal, do outro lado estava um gigante: o estádio Azteca e seus registros de públicos superiores a 82 mil pessoas na primeira fase, saltando para 110 mil pessoas na final disputada entre Brasil e México.

Em 2013, o jogo mais concorrido da etapa classificatória não contou com a presença dos anfitriões. A Itália de Balotelli, o México de Chicharito e o novo Maracanã levaram 73.123 torcedores ao estádio, no dia 16 de junho.

O campeão do esvaziamento foi Taiti e Nigéria. O jogo inaugural em Belo Horizonte – foi prejudicado por um erro no sorteio em dezembro e que tirou o Uruguai da capital mineira na primeira fase – contou com apenas 20.187 pessoas.

A taxa de ocupação do torneio passou de 80% e foi considerada um sucesso pela Fifa. Brasil e Itália, em Salvador chegou a 100%, assim como a final de ontem.

Mais caros e muito mais concorridos, os ingressos para o Mundial de 2014 terão os valores anunciados amanhã. Pacotes VIPs – que incluem ingresso categoria 1 e serviços de hospitalidade já estão disponíveis no site da entidade.

A obra mais atrasada para 2014 pôs o cronograma em dia. O Brasil deixa a Copa das Confederações com um time-base, ajustes claros por fazer e um grupo que usou os 32 dias de trabalho para aproximar-se da Copa e enfraquecer fantasmas que rondavam Luiz Felipe Scolari.

INFOGRÁFICO: Confira como está o time para o Mundial de 2014

Paulinho, Júlio César, Luiz Gustavo, Oscar e Fred são os maiores vencedores. Juntam-se aos laterais, à zaga e a Neymar na lista de nomes certos.

Nesse grupo, se sobressai o volante do Corinthians que deve confirmar a transferência para o Tottenham, da Inglaterra. Mostrou a Felipão que volante goleador não é bom apenas para jornalista. Deu a força defensiva cobrada pelo treinador e se sentiu à vontade para subir ao ataque como no Corinthians.

"O Felipão me deu total liberdade. Há partidas nas quais não dá para subir tanto, por conta do esquema tático adversário", explica. "Seu futebol se encaixa perfeitamente no ritmo do futebol inglês", diz David Luiz, prevendo um Paulinho melhor na Copa.

A Inglaterra que recebe Paulinho deixará de ser a casa de Júlio César. A boa participação – pontuada pelo pênalti defendido contra o Uruguai – reabriu o mercado italiano e fez experiente goleiro acabar com a dúvida no gol que se arrastava desde 2010.

Também não há mais dúvida sobre o 9. Felipão bancou Fred mesmo em jejum. "Ele é definidor, matador mesmo, sabe fazer gols", vibrou o técnico, logo após a conquista de ontem, com dois gols do atacante.

A relação de confiança e ajuda mútuas é uma marca de Scolari. Sob esse aspecto, Luiz Gustavo e Oscar ganharam pontos preciosos.

Luiz Gustavo formou uma dupla segura com Paulinho – e bem reposta por Fernando e Hernanes – a ponto de fechar quase definitivamente a porta para Ramires.

Discreto para o torcedor, Oscar recebeu elogios constantes da comissão técnica e criou as condições para Neymar se tornar a referência técnica do time.

O clamor por Ronaldinho Gaúcho e Kaká silenciou, apesar de o treinador ter dito que as portas seguem abertas. "Nós não prometemos que será este grupo para o Mundial e eles sabem disso", disse Felipão.

"A gente vai ver o momento, como [Kaká e Ronaldinho] estão jogando. Vamos fazer as observações nos jogos na Europa e no Brasil", completou o treinador.

Pelo histórico da Copa das Confederações, 71% do grupo joga o Mundial. A impressão é de que a taxa de manutenção será maior, mesmo com alguma mudança pontual. "Temos um ano para chegar ao nível dos favoritos: Alemanha, Espanha e Argentina."

O titular mais vulnerável é Hulk. É a bola da vez para a entrada de mais um volante (Hernanes) ou zagueiro (Dante). Uma obra que, embora Felipão não admita, parece estar no atualizado cronograma da seleção até a Copa.

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