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Londrina – Uma comissão formada por pais de atletas, vereadores de Londrina e diretores da Unopar vai a Brasília, na próxima segunda-feira, para uma audiência com o Ministério dos Esportes. O grupo vai cobrar providências sobre o futuro da ginástica rítmica, comprometido desde a saída da seleção brasileira de Londrina, logo após a Olimpíada de Atenas, em 2004.

A composição da junta foi definida durante uma audiência pública realizada ontem, na Câmara Municipal de Londrina, discutiu o futuro da ginástica rítmica. Diante de ginastas e familiares, vereadores questionaram a maneira como a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) vem tratando a modalidade desde 2004, quando a seleção de conjunto deixou a cidade.

Enquanto esteve sediada no Norte do estado, a equipe obteve o oitavo lugar nas Olimpíadas de Sydney, em 2000, e Atenas, em 2004. Na primeira competição importante após a mudança para Espírito Santo e Santa Catarina, o Mundial do Azerbaijão, ano passado, o Brasil ficou em 17.º.

"Tenho uma filha atleta que tem o sonho de estar numa Olimpíada, o que ficou muito distante depois que a seleção saiu de Londrina. Gostaria de ter o orgulho de ver minha filha com o Brasil estampado no peito", afirmou Laércio Aparecido Dias, representante dos pais na audiência.

Dayane Camillo, de 26 anos, que esteve na seleção de conjunto por 13 anos, demonstrou sua indignação com o que vem acontecendo com a GR no Brasil: "Não podemos deixar o sonho parar. Temos de defender nosso direitos".

Segundo Bárbara Laffranchi, a Confederação Brasileira de Ginástica cobria apenas 10% dos custos da seleção em Londrina. Os 90% restantes eram repassados pela Unopar.

"As ginastas recebiam bolsa-auxílio, mais passagens para competirem lá fora, além de uniformes e aparelhos. Aqui, a Unopar mantinha um ginásio, alojamentos, alimentação, psicólogo, nutricionista, atendimento médico e transporte para as ginastas, num investimento de mais de R$ 300 mil ao ano", afirmou Bárbara.

A ex-técnica prevê tempos nebulosos para a GR até a Olimpíada de Pequim, em 2008. "Não acredito numa classificação para Pequim. Sem contar o fiasco que poderemos presenciar no Pan. Depois de duas medalhas de ouro nos últimos Jogos Pan-americanos (Winnipeg-1999 e Santo Domingo-2003), o Brasil pode presenciar o prejuízo depois da lacuna que se formou com o fim da seleção permanente, que criou uma tradição no esporte nacional, uma identidade", argumentou.

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