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Mauro Cavanha durante treino de ciclismo: foco na Olimpíada de Londres | Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo
Mauro Cavanha durante treino de ciclismo: foco na Olimpíada de Londres| Foto: Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo

Duas semanas sem saber se iria competir hoje. Por causa de critérios imprecisos da Con­­fe­­de­­ração Brasileira de Triathlon (CBTri), o pa­­ranaense Mauro Ca­­vanha foi convocado em cima da hora pa­­ra disputa da etapa de Monter­­rey (México) da Copa do Mundo de Triathlon. Isso depois de passar os últimos 15 dias sem saber se estaria na largada para os 1,5 km de natação, 40 km de bike e 10 km de corrida que va­­lem pontos para o ranking olímpico.

O Brasil tem seis vagas garantidas para cada etapa da competição. Cavanha é o sétimo brasileiro melhor colocado no ran­­king internacional. Como um dos seis classificados, Bruno Matheus, abriu mão da disputa, Cavanha contava ser o substituto. Mas, quando foi conferir a lis­­ta de selecionados para a prova, Cavanha, atual campeão na­­cional, viu que o convocado era Igor Amorelli, triatleta de um dos programas de alto rendimen­­to da confederação.

A CBTri, responsável pela es­­colha, diz usar critérios técnicos, com base na consulta de es­­pecialistas. "O problema que es­­tes não são claros", diz o triatleta, ao contrário do que afirmam o presidente, Carlos Fróes, e do diretor técnico, Marco La Porta.

Sem convencer a entidade de que a lógica seria o próximo do ranking a ocupar o posto, Ca­­vanha pediu o apoio nas mídias sociais. "Os principais triatletas brasileiros me mandaram e-mails apoiando minha postura". Nenhum, porém, se manifestou publicamente. Nas redes sociais Twitter e Facebook, atletas criaram selos com a frase Go Cavanha (Vá, Cavanha) e um site especializado fez a campanha "Maurinho em Mon­­ter­­rey".

La Porta explica que os critérios de convocação estão claros no Regulamento do Alto Ren­­di­­mento criado pela entidade. No documento, porém, não cons­­tam as regras para as substituições. Ele também afirma que to­­das as convocações serão di­­vulgadas no site da instituição. A determinação, contudo, não é cumprida à risca.

A polêmica durou até a última quinta-feira, quando finalmente Cava­­nha recebeu um e-mail da CBTri informando que Amorelli não participaria da etapa, vetado pe­­lo departamento médico. "O tempo para a livre escolha de quem iria ocupar a sexta vaga expirou e não era mais possível inscrever outro atleta que não fosse a sequência do ranking. Com isto a vaga passou a ser do Mauro", justificou Carlos Fróes.

Independentemente da relação com a confederação, o paranaense segue focado na conquista de uma vaga na Olim­­píada de Londres, em 2012. Por causa disso, trocou Curitiba por Borrego Springs, na Califórnia (EUA), para treinar em condições extremas (a região é desértica), sob o comando da ex-bi­­cam­­peã mundial da modalidade Siri Lindley.

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