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A ótima fase que a natação brasileira vive nos últimos anos tem elevado as expectativas por resultados. Um exemplo disso é que a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) pretende ser cada vez mais rigorosa na criação de índices para os representantes do país em grandes competições. Nesta semana, a entidade reuniu técnicos e federações para discutir a forma de seleção da equipe principal e para traçar os principais objetivos e projetos até as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro.

O objetivo principal do Conselho Técnico Nacional, realizado de terça à quinta, no Rio de Janeiro, foi passar para os técnicos do país o projeto enviado ao Comitê Olímpico Brasileiro visando os Jogos de Londres 2012 e o desenvolvimento da modalidade até 2016.

Pensando nas Olimpíadas da Inglaterra, Ricardo de Moura, supervisor técnico da CBDA, ressaltou que a evolução da natação brasileira nos últimos anos tem feito aumentar as metas do país. A comissão técnica pretende ser rigorosa na seleção dos nadadores da equipe principal.

"Nós não vamos dar um tiro no pé. Teve uma época na qual o índice A da Fina (Federação Internacional de Natação) para nós era a realidade da competição. Agora, já não é mais. Se a gente achar que o índice da Fina não é o suficiente, nós vamos fazer o nosso. Quem paga somos nós", afirmou.

Assim como na preparação para os Jogos Olímpicos de Pequim 2008, a CBDA pretende continuar privilegiando um grupo de elite até as Olimpíadas de Londres. Antes, porém, eram apenas quatro nadadores (Cesar Cielo, Thiago Pereira, Kaio Márcio e Nicholas Santos). Para o trabalho até à Inglaterra, a entidade garante que grupo será bem maior. Mas, por enquanto, os nomes e a quantidade de atletas ainda não foram divulgados.

Preocupação com os atletas que estão fora

O acompanhamento do trabalho feito com os nadadores que estão morando fora também é uma das preocupações da comissão técnica. Além do campeão olímpico e mundial Cesar Cielo, Henrique Barbosa, Henrique Rodrigues, Thiago Pereira e Nicholas Santos são alguns dos destaques brasileiros que treinarão em outro país nesta temporada.

"A gente vai fazer a visita, como fizemos com o Cielo, para incorporar esses atletas no trabalho do programa brasileiro. A gente vai ter que ir lá e falar: "Olha só, amigo, eles são atletas do Brasil, não são daqui. O nosso programinha é esse aqui, as competições que eles têm que participar são essas aqui"", disse Ricardo de Moura.

Embora reconheça a necessidade de um trabalho de parceria mais intensificado, o supervisor explicou que a relação entre a comissão técnica brasileira e os treinadores e dirigentes estrangeiros é delicada.

"Nunca foi fácil. O cara sai do Brasil, e um abraço. A relação tem que ser mais intensa, mas é complicado".

Iniciativa pensando nos Jogos de 2016 Uma das novidades apresentadas pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos é um site, que já está no ar, onde os treinadores de todo o país poderão incluir dados de seus atletas e interagir com o departamento técnico da CBDA. Com esse intercâmbio de informações, a entidade acredita que poderá monitorar possíveis novos talentos para os Jogos do Rio.

"Com isso, você já tem idade e alguns dados a mais dos atletas para ter uma visão mais ampla da história", explicou Ricardo de Moura.

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