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Paranaense Bruno Fontes, da vela | Divulgacao
Paranaense Bruno Fontes, da vela| Foto: Divulgacao

A Olimpíada é o sonho de quase todos os atletas de alto nível, representando o máximo que um competidor pode almejar. Uma medalha então, nem se fala. É com esse objetivo que eu dediquei os últimos anos da minha carreira como velejador. Após participar de Pequim-08, chego a Londres-2012 mais maduro e buscando um bom resultado.

Eu comecei na Vela bem cedo e, aos poucos, os resultados começaram a aparecer. Primeiro na classe Optimist e depois na Snipe e Pinguim. Após passar por todas essa categorias, eu passei a competir na Laser, onde estou até os dias de hoje.

Atualmente, sou o quarto do ranking mundial, mas acredito que isso não seja um fator que me garanta uma medalha. A Classe Laser tem muitos atletas de alto calibre e dos cinquenta que estarão em Londres, pelo menos 20 têm reais chances de medalhas.

Obviamente, existem alguns com mais destaque – o caso do britânico Paul Goodson (campeão olímpico) e do australiano Tom Sligsby (atual campeão mundial) – mas nenhum deles pode ser chamado de "favorito".

Quanto ao local de competição – Raia Olímpica de Weymouth – eu conheço muito bem. Em junho deste ano eu fui duas vezes para lá – uma para competir na etapa da Copa do Mundo de Vela e a outra para um período de adaptação antes dos Jogos – e estou bem acostumado e sabendo o que vou encontrar por lá.

Inclusive, nesta minha última passagem por Weymouth (cidade próxima a Londres, que será sede das disputas de Vela), eu pude treinar com boa parte dos meus adversários na Olímpiada e ainda consegui ajustar os últimos detalhes do barco. Além disso, eu fiquei no local no mesmo período lunar que serão disputados os Jogos, e isso faz muita diferença. Eu já sei exatamente o que irei enfrentar em Londres.

Além da minha classe – a Laser – as disputas da Vela em Londres acontecem em mais outras categorias: Finn (M), 470 (M e F), Star (M), 49er (M), RS-X (M e F) e Laser Radial (F).

O Brasil contará com uma equipe experiente e com reais chances de medalhas. A dupla com mais bagagem e enormes chances de ouro são o Robert Scheidt e o Bruno Prada, na Star. O Robert é um dos maiores atletas olímpicos da história deste país e chega a Londres em busca de sua quinta medalha (duas de ouro e duas de prata até o momento).

As meninas da 470 também chegam com força. A Fernanda Oliveira foi medalha de bronze em 2008 (competindo com a Isabel Swan) e agora, ao lado da Ana Barbachan, disputa sua quarta Olímpiada. A equipe ainda é composta por Jorge Zarif (Finn), Adriana Kostiw (Laser Radial), Patrícia Freitas (RS-X) e Ricardo Winicki – o "Bimba" (RS-X).

Acho que todos estão bem preparados para representar bem o Brasil. Espero que os ventos soprem a nosso favor.

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