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Paris - Os 23 membros que compõem o Conselho Mundial da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) não sabiam até a noite de ontem o que o presidente da entidade, Max Mosley, irá propor na reunião que acontece hoje, em Paris. "Max Mosley não nos adiantou o seu discurso, apenas nos disse que tentará se reeleger se não houver acordo com as equipes", revelou Tamas Rohonyi, representante convidado do Brasil.

No último domingo, durante o GP da Inglaterra, em Silverstone, Mosley sentiu na pele o que a Fórmula 1 pensa dele atualmente. Ninguém conversou com o presidente da FIA no autódromo. Foi constrangedor vê-lo sendo rejeitado no grid antes da largada. Tudo por causa da briga de poder que ele promove com as equipes e que ameaça rachar a categoria.

Mosley já adiantou que o que foi aprovado pelo Conselho Mundial no dia 29 de abril – essencialmente, a origem de todo problema, por não corresponder ao que desejam as escuderias – só poderá ser alterado se houver unanimidade entre as equipes dissidentes, que estão unidas na sua associação (Fota), e as outras que seguem alinhadas com a FIA (Williams, Force India e as novatas USF1, Campos e Manor).

Flavio Briatore, diretor da Renault e responsável pela área comercial da Fota, já avisou que não espera mais qualquer acordo com a FIA. "Nós não temos nada a dizer. Quinta-feira, a Fota vai se reunir, em Bolonha (Itália), e dar sequência às medidas necessárias para nosso campeonato. Se Max tem algum interesse em mudar as coisas, é simples, é só aceitar nossa proposta, que é muito sensata, aliás", avisou.

A Fota, inclusive, já iniciou os contatos para a organização de seu campeonato próprio, fora da alçada da FIA, que ficaria com a Fórmula 1. Até um possível calendário das provas foi divulgado ontem, mas Luca Colajanni, da Ferrari, definiu como "pura especulação". De qualquer forma, Mugello, Monza, Hockenheim, Magny-Cours, Indianápolis, Montreal, Silverstone, Jerez de la Frontera, Portimão e Abu Dabi estariam na nova categoria – o Brasil, por outro lado, perderia espaço para a Argentina.

Mas tudo isso pode mudar se, de repente, FIA e Fota encontrarem nesta uma maneira de atender aos interesses dos dois lados, o que até agora não foi possível, principalmente por conta da intransigência de Mosley. O dirigente inglês, no entanto, não parece muito disposto a ceder: anunciou que deve concorrer ao quinto mandato como presidente, cargo que ocupa desde 1993.

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