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Os fãs da Fórmula 1 podem respirar um pouco mais aliviados: Max Mosley, presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), revogou a medida que impunha, já a partir de 2010, a adoção de um motor único para todas as equipes. Ontem, em Genebra, os representantes das escuderias entregaram a Mosley sua proposta para reduzir o custo elevado dos motores, razão de o dirigente impor um motor padrão bem mais barato que os atuais, deixando as montadoras em dúvida se valeria a pena continuar investindo na Fórmula 1.

"O momento é histórico", afirmou Luca Colajanni, assessor de comunicação da Ferrari. "Nunca na história houve a unanimidade alcançada agora." E foi essa unanimidade que levou Mosley a aceitar o projeto da Formula One Team Association (Fota), a associação dos times. Os motores em 2009 deverão ser utilizados em três corridas e não apenas em duas, como nesta temporada.

Mais: as equipes que não produzem seus próprios motores, as chamadas "independentes" – Williams, Red Bull, Toro Rosso e Force India –, poderão adquirir 25 motores por campeonato ao preço de 10 milhões de euros, ou a metade do que custam hoje, fornecidos por Ferrari, Mercedes, BMW, Renault, Toyota ou Honda, de acordo com os acordos de cada time. Hoje a Renault fornece para a Red Bull, a Ferrari para Toro Rosso e Force India e a Toyota para a Williams.

"A partir do momento que há um acordo unânime de como reduzir os custos, não há mais a necessidade de se adotar o motor--padrão", explicou Colajanni. O que vai se tornar padrão já a partir de 2010 é o sistema de recuperação de energia cinética, Kers, a ser usado pela primeira vez na Fórmula 1 no próximo Mundial. "O custo do desenvolvimento dessa tecnologia inédita na competição tem sido bastante elevado", contou Steve Nielsen, da Renault.

As próprias equipes propuseram a adoção do mesmo Kers para todos, distribuído pela empresa que vencer a concorrência que a FIA fará, como agora com as unidades eletrônicas de gerenciamento do motor (ECU), concorrência vencida pela McLaren no ano passado.

Ficou acertado também, em Genebra, que FIA e Fota voltam a se reunir em breve para discutir as medidas que vão tornar mais econômica a produção dos chassis. E durante o GP do Brasil um novo encontro definirá a distribuição ou não de um ponto para o piloto mais rápido na segunda parte do treino classificatório (Q2), e a redução da limitação de testes de 30 mil para 20 mil quilômetros por ano, dentre outras alterações que passam a valer já em 2009.

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