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O coordenador do Comitê Paulista para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil, Caio Luiz de Carvalho, afirmou nesta quarta-feira (9) que o Morumbi continua pleiteando realizar a abertura da competição. No entanto, o novo projeto com orçamento menor, que será enviado até a próxima segunda-feira para Fifa, é uma questão de responsabilidade financeira.

"São Paulo quer abrir a Copa, mas com responsabilidade. Quer abrir a Copa dentro de algo que seja possível para a cidade, onde o legado maior sejam obras públicas que fiquem para população," afirmou, em entrevista para a TV Globo.

O projeto aprovado pela Fifa tinha orçamento em torno de R$ 640 milhões. Assim como os outros dois estádios privados que se dispõem a sediar o Mundial, Arena da Baixada, em Curitiba, e Beira-Rio, em Porto Alegre, o São Paulo não tem como dar garantias ao BNDES de que vai pagar o empréstimo. Por isso, o novo projeto enviado pelo Tricolor será de R$ 260 milhões.

Um dos principais fatores que encarecem o projeto anterior, segundo Carvalho, é a altura das placas de publicidade.

"O que realmente eleva o custo do Morumbi para R$ 640 milhões é que a Fifa está exigindo as placas de publicidade de 1 metro de altura, e no Morumbi e na própria África do Sul agora, as placas são de 70 centímetros. Se eles colocarem as placas de um metro, as pessoas que estiverem nos locais mais baixos só vão enxergar do joelho pra cima dos jogadores e aí eles terão de rebaixar o gramado para o público poder assistir sem ponto cego."

No novo projeto que o São Paulo vai enviar não consta o rebaixamento do gramado, além da redução de três para dois anéis de arquibancadas.

"Se a Fifa não aceitar o novo projeto, será preciso achar novos interessados em investir entre R$ 800 milhões e R$ 1,2 bilhões para conseguir um outro estádio," disse.

Esse novo estádio é pouco provável, já que é mais difícil às iniciativas privadas conseguirem o crédito do BNDES e também pelo fato do poder público paulista não estar disposto a bancar uma nova arena na cidade.

Segundo o coordenador, o São Paulo só soube agora o valor total do projeto que havia sido aprovado, pois não fazia sentido orçar o projeto antes da aprovação. Apesar do imbróglio, Carvalho continua otimista com a realização de partidas do Mundial na capital financeira do país.

"São Paulo quer a Copa, e a Copa também precisa de São Paulo. Tenho certeza disso. Nós temos aqui estádios que poderão sim ser adequados para a Copa. O que está acontecendo em São Paulo é algo que é estranho diante da realidade do que está acontecendo no país inteiro. Nós sabemos que as dificuldades não são só aqui na cidade de São Paulo," finalizou.

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