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Uma Copa do Mundo bem-sucedida na África do Sul em 2010 vai aumentar a pressão sobre o Comitê Olímpico Internacional (COI) para realizar a Olimpíada pela primeira vez no continente africano, disse o chefe da organização do Mundial de futebol do ano que vem.

Danny Jordaan, presidente do comitê organizador da Copa do Mundo da África do Sul, disse que a decisão de dar ao Rio de Janeiro os Jogos Olímpicos de 2016 "abre o caminho para o continente africano em 2020".

O Rio se tornou a primeira cidade sul-americana a receber o direito de organizar os Jogos ao vencer a disputa com Chicago, Madri e Tóquio no mês passado.

Jordaan, em entrevista à Reuters, disse que a escolha da cidade brasileira deixa apenas um buraco para o COI preencher.

"Acho que em 2020 tem que ser a vez da África", disse Jordaan.

"O fato de a Olimpíada ter ido agora para o Rio e a América do Sul deixa a África como único continente ainda esperando desde 1896."

Ele disse que a vitória do Rio "indica que há uma mudança no pensamento do COI, que os países em desenvolvimento também devem ser considerados."

Jordaan acrescentou: "Então acho que o COI estará pressionado a considerar seriamente uma proposta africana, e parte desse caminho é uma Copa do Mundo de muito sucesso em 2010. Entendemos a importância de uma Copa do Mundo bem-sucedida no nosso país."

Ele disse que a África do Sul, a maior economia da África, teria uma candidatura forte se decidisse concorrer pela realização dos Jogos porque a infraestrutura existente é um fator-chave para ganhar os Jogos.

Criminalidade

A África do Sul ainda enfrenta crescente preocupação quanto à segurança, transporte e acomodação para a Copa do Mundo, que acontece de 11 de junho a 11 de julho do ano que vem.

Os organizadores esperam 450.000 turistas estrangeiros durante o primeiro Mundial na África, que será realizado num país com uma das mais altas taxas de criminalidade do mundo.

Jordaan disse que as questões de segurança estão sendo tratadas de forma extremamente séria e destacou a realização sem problemas de recentes eventos esportivos no país, como a Copa das Confederações deste ano e grandes torneios de rúgbi e críquete.

"Temos 9,5 milhões de turistas todos os anos na África do Sul -- obviamente não teríamos um crescimento anual de 1 milhão de pessoas se o país não fosse um destino onde as pessoas podem vir de férias em segurança", disse Jordaan.

"(Segurança) é uma questão que nós tratamos com muita seriedade."

Para Jordaan, conseguir o direito de realizar a Copa do Mundo foi tão importante para a África do Sul quando a libertação de Nelson Mandela da prisão e o fim do regime do apartheid em 1994.

"Quando o envelope foi aberto e está África do Sul, acho que foi quase uma segunda libertação para a gente", disse Jordaan. "Foi um momento de enorme alegria."

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