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A Copa do Mundo estimulou a economia da África do Sul durante a recessão global, mas a indústria do turismo não deverá explorar os visitantes estrangeiros durante o campeonato de futebol, disse o presidente interino Kgalema Motlanthe na terça-feira.

Em uma entrevista coletiva conjunta ao lado de Motlanthe, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, atacou os céticos que duvidaram que a África do Sul fosse capaz de organizar o evento, mas afirmou que ele algumas vezes precisou pressionar as autoridades para garantir que tudo ficasse pronto a tempo.

"De tempos em tempos tivemos de colocar alguma pressão, mas nunca tive nenhuma dúvida. Agora é o momento para o mundo do futebol aceitar que o torneio irá adiante na África do Sul", disse ele, enquanto começa a contagem regressiva de 100 dias para a Copa do Mundo.

"Percorremos um longo caminho para chegar aonde estamos agora, a apenas 100 dias do início. Foi uma longa via pavimentada com confiança e segurança, mas também paciência", afirmou Blatter, repetindo um bordão habitual dos últimos meses.

"Houve muito o que fazer para mudar as mentalidades e convencer as pessoas, mesmo dentro da Fifa", disse o dirigente sobre a decisão de permitir apenas países africanos na disputa para ser a sede do Mundial de 2010. "O sonho agora é uma realidade", acrescentou.

Motlanthe afirmou que a Copa do Mundo trouxe benefícios econômicos importantes à África do Sul.

"Investimos bilhões em infraestrutura antes da recessão mundial e esses benefícios já foram sentidos por todos os sul-africanos. Abrigar a Copa do Mundo terá um impacto importante sobre o turismo. O país está numa posição para se beneficiar imensamente com isso", disse ele.

Aviso contra a exploração

Ele advertiu, porém, contra a exploração, após denúncias de que hotéis, companhias aéreas e outras operações turísticas estavam tentando obter lucros excessivos.A África do Sul abriu um inquérito para investigar uma possível fixação de preços pelas companhias aéreas domésticas, e as autoridades manifestaram preocupação sobre os aumentos abusivos de preços nos hotéis, em especial aqueles fora da estrutura oficial do evento.

"Não haverá nenhuma extorsão de nenhum passageiro pelo aumento artificial do preço dos bilhetes aéreos", disse Motlanthe, embora já tenham ocorrido aumentos substanciais.

Os aeroportos da África do Sul estão 90 por cento prontos para receber 120 mil voos extras - o dobro da capacidade normal - durante a Copa do Mundo, garantiu na terça-feira a empresa que os administra.

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