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Diego Maradona abraça Lionel Messi na saída do gramado: técnico defendeu o pupilo, marcado pelo fracasso argentino | Daniel Garcia/AFP
Diego Maradona abraça Lionel Messi na saída do gramado: técnico defendeu o pupilo, marcado pelo fracasso argentino| Foto: Daniel Garcia/AFP

Aposta

Técnico não ficará pelado em público

Ninguém mais irá tirar a roupa pela Copa 2010. Com as quedas de Argentina e Paraguai, as promessas do técnico Diego Maradona e da musa do Mundial, Larissa Riquelme (torcedora paraguaia), sucumbiram. Maradona prometeu sair pelado se chegasse ao tri; não deu. De quebra, Carlos Bilardo, diretor-técnico argentino, não precisará mais cumprir a promessa incomum que fez, envolvendo sua honra masculina. Larissa prometeu ficar pelada, caso o Paraguai conseguisse o inédito feito. Mas não será de se espantar vê-la (agora com seios patrocinados) em alguma revista masculina. Culpa de Casillas, goleiro espanhol que impediu o triunfo paraguaio. Ele é namorado de outra musa da Copa, a repórter Sara Carbonero, que não prometeu nada.

A gestão de Maradona como técnico da Argentina ficará mar­­cada por goleadas. Nas Eli­­minató­rias, o time argentino levou de 6 a 1 da Bo­­lívia em La Paz, placar que igualou a maior derrota da equipe, ante a Tche­coslováquia na Copa de 1958. Agora, cai com o pior placar ar­­gentino em Mun­­diais desde 1974, quando levou 4 a 0 da Ho­­landa e seu carrossel. Assim mesmo, o técnico não perdeu a pose ontem. "Tenho or­­gulho de ter ficado à frente deste grupo, quero agradecer a todos os jogadores e aos que estiveram do nosso lado. Entramos num caminho de respeitar o futebol argentino, tocar a bola e ir à frente", disse ele. "Ver meu país cair em uma Copa do Mundo é muito difícil para mim, ainda mais pelo fato de eu já ter jogado. Es­­tou muito desiludido, como to­­do e qualquer argentino. A Ale­­ma­nha ganhou por 4 a 0 e não dá para justificar."

Depois, El Pibe saiu em defesa dos seus atletas. "Quero que es­­ses meninos prossigam jo­­gando o verdadeiro futebol ar­­gentino, sem mistério, brigas, um monte de coisas que tiramos da cabeça deles", completou. "Essa história de que o jo­­gador que atua fora do país, ga­­nha muito, não joga bem pe­­la seleção é absolutamente falsa. É um orgulho para eles de­­fenderem a Ar­­gentina. Eles ganham fortuna em seus clubes e, mesmo assim, vieram aqui pela glória", seguiu sem garantir se continuaria no cargo. "Não pensei nisso ain­­da. Tenho de falar com minha fa­­mília, com os jogadores, um monte de coisas."

Lionel Messi foi um capítulo à parte nas explicações pela vexatória derrota. O comandante dos hermanos chegou a chamar de "estúpido" quem atacava o camisa 10, mas o jogador sentiu forte o baque de fracassar na África do Sul.

O atacante do Barcelona chorou no vestiário. Depois passou sério, olhando para frente, sem falar com a imprensa. "Papelão", "vergonha", foram algumas das palavras gritadas por jornalistas argentinos neste momento. Um outro jornalista, que não quis se identificar, chamou Messi de "garoto mimado".

Nas estatísticas da Fifa, Messi vai embora da Copa como o se­­gun­do jogador que mais chutou a gol: 30, contra 33 do ganês Gyan. Com apenas 23 anos, o argentino terá pelo menos mais dois Mun­diais pe­­la frente. O próximo, no Brasil. Pa­­ra Mara­dona, os craques atuais não assumem a responsabilidade como os de antigamente. "Eu posso dizer que vi Messi chorar no vestiário. Ele está desiludido, como todos nós. Não marcou [gol], mas os go­­leiros foram muito bem. An­­tes, éramos jogadores que colocávamos o time no ombro. Mas Rooney, Messi já se darão conta disso sozinhos."

Carlitos Tevez foi um dos poucos a falar após a derrota, juntamente com o capitão Masche­­ra­no, o lateral reserva Clemente Rodri­guez e o lateral-esquerdo Heinze. O atacante saiu em defesa de seu companheiro. "Perde­mos todos juntos. Se Messi não conseguiu ter um grande desempenho, talvez não tenhamos conseguido lhe ajudar".

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