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Dançando e soprando suas vuvuzelas, os sul-africanos fizeram festa na quarta-feira (9) para a sua seleção, no mesmo dia em que um hotel usado por jornalistas sofreu um roubo armado.

As ruas de Johannesburgo ficaram tomadas por torcedores que queriam ver a passagem dos "Bafana Bafana" ("os rapazes"), a seleção que está ajudando a unir uma nação ainda dividida, 16 anos após o fim do regime do apartheid.

Na Cidade do Cabo, os torcedores também tocaram suas vuvuzelas - as cornetas que estão virando símbolo desta Copa - como sinal de apoio ao time dirigido por Carlos Alberto Parreira.

"Esse pode ser o nosso 12o homem", disse o treinador brasileiro sobre as vuvuzelas. O time dele abre a Copa na sexta-feira, contra o México.

Muitos aqui esperam que o torneio, disputado pela primeira vez na África, seja um sucesso capaz de apagar os estereótipos ligados à Aids e à criminalidade. "Nunca experimentei este tipo de vibração na minha vida", disse Brenda Barratt, 59, que assistia ao desfile.

Mas o assalto a jornalistas de Portugal e Espanha, ocorrido ainda de madrugada, serviu para lembrar que a criminalidade em Johannesburgo está entre as maiores do mundo. Os bandidos levaram equipamentos e dinheiro dos jornalistas, numa pousada na bela cidade de Magaliesburg. "Foi a coisa mais assustadora que já me aconteceu", disse o fotógrafo Antonio Simões, acordado sob a mira de uma arma.

"Maldição"

Outro golpe para a Copa tem sido a contusão de alguns dos seus protagonistas, uma "maldição" que já assombrou nomes como David Beckham, Nani, Michael Essien e Michael Ballack. Até um árbitro, o chileno Pablo Pozo Quinteros, que estava escalado para apitar Argélia x Eslovênia no domingo, foi cortado.

Astros como Arjen Robben (Holanda), Andrés Iniesta (Espanha) e Didier Drogba (Costa do Marfim) ainda estão se recuperando de lesões. Boa notícia teve a Austrália, com a confirmação de que o seu perigoso meia Tim Cahill superou as dores que sentia no pescoço e poderá jogar no domingo contra a Alemanha.

Também a Espanha ficou aliviada com a confirmação de que Fernando Torres se recuperou totalmente da lesão no joelho, participando da goleada de 6 x 0 sobre a Polônia no último amistoso preparatório, na terça-feira.

A Espanha, atual campeã europeia, chega como uma das favoritas, apesar de nunca ter vencido uma Copa. O Brasil é visto como seu maior rival.

Depois da expulsão de "hooligans" (torcedores arruaceiros) da Argentina e da Inglaterra, e do incidente em que 15 pessoas foram pisoteadas num estádio no fim de semana, os anfitriões estão empenhados para que tudo dê certo dentro e fora de campo.

"O governo não vai tolerar nenhum comportamento desordeiro, perturbador e inseguro", disse o porta-voz governamental Themba Maseko em nota na quarta-feira.

As autoridades estão particularmente preocupadas com a existência de ingressos falsos, e mobilizaram 40 mil policiais para o torneio, que vai de 11 de junho a 11 de julho.

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