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Amistoso entre Portugal e Moçambique: lusitanos ganham por 3 a 0 em jogo disputado num estádio originalmente de críquete, o Wanderers Stadium, em Johannesburgo | Valterci Santos/Gazeta do Povo - enviado especial
Amistoso entre Portugal e Moçambique: lusitanos ganham por 3 a 0 em jogo disputado num estádio originalmente de críquete, o Wanderers Stadium, em Johannesburgo| Foto: Valterci Santos/Gazeta do Povo - enviado especial
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Brasil e Portugal traçaram caminhos diferentes para chegar à Copa do Mundo. A CBF optou por não repetir o circo que marcou a preparação para o Mundial da Alemanha há quatro anos, em Weggis (vilarejo na Suíça), mas também não deixou de pensar no dinheiro. Deixou que a Ken­­taro, parceira comercial, coincidentemente suíça, marcasse amistosos para o Zimbábue e a Tanzânia. Em troca a entidade presidida há mais de 20 anos por Ricardo Teixeira ficou cerca de R$ 6,4 milhões mais rica.

Os portugueses, por sua vez, seguiram as orientações do metódico Carlos Queiroz. O treinador ordenou que o time ficasse em um local mais calmo, longe da tumultuada Johannesburgo – por isso a opção pela agrícola Magaliesburg, a cerca de 70 quilômetros da principal cidade sul-africana.

Também pediu para que as partidas de preparação fossem marcadas para os arredores da concentração, evitando assim grandes deslocamentos aéreos às vésperas da Copa. Por isso o amis­­toso de ontem contra Mo­­çambique, vencido pelos lusos por 3 a 0 (dois gols de Hugo Al­­mei­­da e um de Danny), ter sido mar­­cado para um estádio origi­­nal­­mente de críquete, em Jo­han­­nes­­­burgo, o Wanderers Stadium.

A mordomia custou à Fede­­­ração Portuguesa um cachê de 25 mil euros (aproximadamente R$ 57,5 mil), encaminhado à entidade moçambicana. "É preciso pensar na segurança e no que é melhor para os jogadores", justificou Queiroz.

Dunga não pôde dizer o mesmo. Fugindo um pouco ao seu estilo, não bateu nos amistosos caça-níqueis. Mas deixou nas entrelinhas que as duas noites fora do Hotel Fairway e as longas viagens causaram transtornos à preparação da seleção brasileira. O bate e volta até Harare, no Zim­­bábue, levou 2h40.

Já o deslocamento para Dar Es Salaam, na Tanzânia, demorou 6h40, o que justificou a folga de ontem para os atletas. "O Júlio (César) está bem e vai jogar contra a Coreia do Norte (dia 15). Ele só não veio porque não há como um jogador com dor nas costas ficar seis horas sentado no avião", cravou o ex-capitão do ti­­me nacional, campeão do mundo em 1994.

Nem tudo, porém, saiu de acordo com o roteiro elaborado por Queiroz. O técnico terá de refazer os planos após o anúncio do corte do atacante Nani. O jogador do Manchester United machucou gravemente o ombro esquerdo e está fora do Mundial. "É uma perda para nós e um mal para a Copa. Temos de dar uma resposta todos juntos. Estou confiante de que o substituto de Nani tenha o mesmo padrão técnico", afirmou o treinador. "Ele está triste como qualquer jogador que não vai ao Mundial. Nós vamos dedicar cada vitória na Copa a ele", emendou o brasileiro Pepe, que voltou ontem após ficar quase seis meses se recuperando de uma cirurgia no joelho. "Foi como o primeiro jogo da minha vida", disse, em entrevista coletiva.

Por decisão da comissão técnico e com o respaldo dos jogadores, Nani permanecerá com a de­­legação até o término do torneio da Fifa para Portugal. Ruben Amorim, atacante do Benfica, será o substituto. "Dentro da nossa linha de pensamento, é a opção mais adequada. Estamos tentando que ele chegue amanhã (hoje)", explicou Queiroz.

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