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Medel cabeceia a bola oficial da Copa na vitória apertada sobre Honduras | Valery Hache / AFP
Medel cabeceia a bola oficial da Copa na vitória apertada sobre Honduras| Foto: Valery Hache / AFP

Interino

Suspenso pela Fifa, o técnico de Honduras, Reinaldo Ruedas, não ficou no banco de reservas durante a partida. Ele foi substituído pelo auxiliar Alexis Mendoza. Inclusive a entrevista coletiva pós-jogo ficou a cargo do interino. Nela, ele admitiu a superioridade chilena, mas lamentou a forma como saiu o gol do jogo. "Mesmo que eles tenham criado outras chances, o gol de Beausejour foi sem querer", chorou.

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O Chile não ganhava uma partida em Copas há exatos 48 anos. A última vitória havia sido o 1 a 0 sobre a Iugoslávia na decisão do terceiro lugar do Mundial de 1962, do qual foi o anfitrião, também no dia 16 de junho. De lá para cá, sete derrotas e seis empates (nos torneios de 66, 74, 82 e 98). Mesmo em 1998, quando foram eliminados pelo Brasil nas oitavas de final, os chilenos se classificaram com três empates na primeira fase.

O triunfo sobre Honduras por 1 a 0, ontem, em Nelspruit, acabou com o jejum. Mas o placar apertado não reflete o que foi o jogo. O Chile dominou amplamente e poderia ter goleado se aproveitasse melhor as oportunidades. O único gol foi marcado sem querer por Beausejour, aos 33 minutos do primeiro tempo. Isla recebeu bom passe de Fer­­nandez na direita e cruzou rasteiro. O hondurenho Mendoza tentou cortar e a bola bateu no atacante chileno antes de entrar.

Chamou a atenção o esquema do técnico argentino Marcelo "El Loco" Bielsa, o mais ofensivo até aqui da Copa. Ele posicionou o Chile em uma espécie de 3–4–3. O volante Carmona re­­cuava para compor a defesa ao lado de Ponce e Medel. Desta ma­­neira, os alas Isla e Vidal jogaram adiantados, compondo o meio de campo ao lado de Millar e Fernandez. Na frente, Sanchez, Valdívia e Beausejour.

Com muitas chances de gol criadas, fez falta o centroavante Humberto Suazo, que se recupera de lesão. Ontem não estiveram em campo nem ele e nem o homônimo hondurenho, o também atacante David Suazo, principal jogador do país, fora pelo mesmo motivo.

"O jogo foi bem resolvido por nossa equipe. Não deixamos de atacar pelo fato de estar ganhando", disse Bielsa, insatisfeito apenas com o placar mínimo. "Foi uma decepção se considerarmos o bom volume da equipe no ataque", completou. Se soubesse que a Espanha perderia para a Suíça mais tarde, tornando o desfecho do grupo imprevisível, o técnico lamentaria ainda mais não ter caprichado no saldo de gols.

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