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Riva Carli, preparador físico do Atlético, vê como um trunfo a paralisação do Brasileiro durante a Copa | Marcelo Elias/ Gazeta do Povo
Riva Carli, preparador físico do Atlético, vê como um trunfo a paralisação do Brasileiro durante a Copa| Foto: Marcelo Elias/ Gazeta do Povo
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Com a Copa do Mundo divi­­din­­do o Brasileiro em dois, as comissões técnicas de Atlético, Co­­ritiba e Paraná estudam como fazer a melhor preparação física dos seus atletas. Tudo para atingir os objetivos, como a ambição das três equipes de conseguir o aproveitamento de 60% dos pontos disputados antes do torneio da Fifa.

De acordo com o preparador físico do Atlético, Riva Carli, em uma temporada com Mundial é necessário aproveitar ao máximo os dias antes do Campeonato Nacional. "Após fazer uma reavaliação da equipe, é possível aproveitar a ausência de jogos para aumentar o volume de treinos físicos, técnicos e táticos. A semana fica cheia", conta.

Porém, com o começo do tor­­­­­­neio nacional no próximo final de semana, será necessário voltar ao ritmo normal de treinos, como conta o preparador físico do Coritiba, Alexan­­dre Lopes. "São sete jogos em 30 dias. A única mudança neste período é um trabalho de ma­­nutenção de força para al­­guns e ganho para outros. Nossos atletas já estão em um nível bom para suportar perfeitamente este mês", garante.

Até que, com o começo da Co­­pa, o trabalho poderá ser mais qualificado. Isso fará a felicidade dos profissionais da área, segundo o responsável pelo setor no Paraná, Juvenil­son de Souza. "Imagino que todos os preparadores físicos do país vão comemorar, pois nos dá a possibilidade de dar um upgrade na preparação. Não só a física, como a técnica, tática e emocional, que são os fatores que interferem no rendimento de uma equipe", afirma.

Carli concorda que a parada deve ser benéfica para todos. "Normalmente em setembro, quando se atinge dois terços da temporada, há um declíneo de força e capacidade dos atletas. A ausência de jogos durante a Copa do Mundo é a oportunidade que temos para voltar aos treinos com mais intensidade e força", explica o atleticano.

Segundo o preparador físico do Furacão, tudo é pensado para que a equipe tenha dois ápices físicos: no final do primeiro e do segundo turno do Brasileiro. "Quando estiver fi­­nalizando a primeira etapa, eles devem estar no máximo. Depois decresce e em seguida sobe de novo até o final. É o que chamamos de realização da competição."

Já o responsável pelo condicionamento dos atletas do Tri­­color acrescenta que o Mundial vai diminuir um pouco a defasagem em relação ao que é feito no resto do mundo. "Nos ou­­tros mercados [Europa e Ásia] há um período de pré-temporada, por volta de oito semanas, antes de iniciar a principal com­­petição. No nosso calendário nos sobra, com sorte, duas semanas", argumenta Souza

Na mesma linha, o profissio­­nal do Coritiba conta que o período do torneio da Fifa está sendo encarado como a verdadeira pré-temporada. "Durante o Mundial teremos o dobro de tempo para pre­­parar a equipe do que tivemos antes do Paranaense. Podere­­mos inclusive dar um descanso de mais tempo para que eles se recuperem", lembra Lopes.

O preparador coxa-branca, aliás, terá de combater um cansaço maior por causa das viagens para Joinville nos dez primeiros jogos da equipe como mandante. "Será parecido com os jogos em Paranaguá. Joga e retorna no mesmo dia. Vai ser uma batalha, mas não estamos fazendo drama. É possível contornar", garante.

A expectativa é que, após o torneio na África do Sul, os torcedores dos clubes nacionais possam ver um futebol de me­­lhor qualidade. "O torcedor e a imprensa vão perceber que, tanto na Série A quanto na B , os clubes vão adquirir uma con­­dição muito melhor depois desta paralisação", aposta Sou­­za, do Paraná.

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