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Bafana Bafana - Do outro lado estava a inexpressiva Tailândia, mas isso pareceu não importar. A vitória com direito a uma goleada por 4 a 0 animou a torcida da África do Sul, que compareceu em grande número ao Estádio Mbombela, em Nels­­pruit. Jogando ao estilo Car­­los Alberto Parreira, tocando bastante a bola, os Bafana Bafana deram um baile no fraco rival. Tshabalala marcou o primeiro gol (foto). Melhor em campo, ainda deu o passe para o segundo, de Mphela. Este ampliou ainda na etapa inicial do confronto. Parker finalizou o placar no último minuto | Siphiwe Sibeko/Reuters
Bafana Bafana - Do outro lado estava a inexpressiva Tailândia, mas isso pareceu não importar. A vitória com direito a uma goleada por 4 a 0 animou a torcida da África do Sul, que compareceu em grande número ao Estádio Mbombela, em Nels­­pruit. Jogando ao estilo Car­­los Alberto Parreira, tocando bastante a bola, os Bafana Bafana deram um baile no fraco rival. Tshabalala marcou o primeiro gol (foto). Melhor em campo, ainda deu o passe para o segundo, de Mphela. Este ampliou ainda na etapa inicial do confronto. Parker finalizou o placar no último minuto| Foto: Siphiwe Sibeko/Reuters

Johannesburgo - Os jogadores sul-africanos en­­­frentam um dilema. De um lado, o sonho de defender o país em uma Copa do Mundo como anfitriões. Do outro, a pressão cada vez maior para que honrem a pátria. Torcida, parte da imprensa e autoridades parecem ignorar as limitações dos Bafanas. Querem bom resultado e ponto final.

A pressão cresce a cada fato envolvendo os jogadores. Nos últimos dias, causou desconfiança e incômodo as negociações referentes à premiação. Tudo começou quando a Safa, a federação sul-africana, ofereceu 1 milhão de rands (cerca de R$ 238 mil) por gol marcado no Mundial. Os torcedores, a maioria trabalhadores mal- remunerados, não gostaram. Tam­­­­bém passou-se a discutir o prêmio pela simples participação. Aí a gritaria aumentou.

Alguém deduziu que os atletas iriam encher os bolsos mesmo se não conseguissem nem um ponto – a África do Sul está no Grupo 1, com México, Uruguai e França. Os dirigentes tiveram de agir. "Os jogadores não irão receber qualquer bônus se perderem", disse Leslie Sedibe, diretor executivo da federação.

Temendo desgaste, os atletas nomearam um representante para negociar por eles. Arranjaram mais confusão porque escolheram Tony Irish, advogado e diretor executivo da Associação de Críquete da África do Sul. "Não podemos permitir isso", chiou o ex-jogador Hareipha Marumo, presidente do sindicato. "Supõe-se que nossa associação existe para representar os jogadores."

Com a confusão, o técnico Carlos Alberto Parreira tratou de jogar água na fervura. "Estamos jogando diante de nossos próprios torcedores e os jogadores estarão motivados por seu orgulho e determinação, não pelo dinheiro", disse. O problema é que os jogadores já deram motivo para desconfiança. No ano passado, quatro dias antes do início da Copa das Confederações, ameaçaram fazer greve por insatisfação com o prêmio. Pressionados, reviram a posição.

O presidente Jacob Zuma, que faz gestão criticada, escora-se na Copa como tá bua de salvação de seu governo – e acaba jogando o peso nas costas dos atletas. "A Copa está gerando altos níveis de patriotismo e orgulho nacional. Nossa bandeira colorida é mais visível do que nunca."

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