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Jogadores da seleção brasileira abraçam Robinho, autor do terceiro gol da equipe contra o Chile. Atacante foi eleito o melhor em campo pela Fifa, mas quem brilhou mesmo foi o estilo letal do grupo | Valterci Santos/ Gazeta do Povo – enviado especial
Jogadores da seleção brasileira abraçam Robinho, autor do terceiro gol da equipe contra o Chile. Atacante foi eleito o melhor em campo pela Fifa, mas quem brilhou mesmo foi o estilo letal do grupo| Foto: Valterci Santos/ Gazeta do Povo – enviado especial
  • Veja a ficha técnica do jogo Brasil X Chile

Pouco espetáculo e nenhum grande destaque individual. A vi­­tó­­ria da seleção brasileira por 3 a 0 sobre o Chile, ontem, no Ellis Park, teve a assinatura do técnico Dunga.

Emblemático para comprovar o estilo coletivo exigido pelo treinador, o resultado valeu passagem às quartas de final da Copa do Mun­­do. Diante da Holanda, sexta-feira, em Port Elizabeth, talvez um pouco mais de brilho das estrelas seja necessário para chegar a um novo triunfo.

Robinho, por exemplo. Autor do terceiro gol brasileiro (Juan e Luís Fabiano marcaram os outros dois) e eleito craque da partida pela votação promovida no site da Fifa, ele acertou apenas 25 dos 41 passes que tentou.

O atacante também finalizou pouco. Somente duas vezes. Em um dos chutes, a bola foi para a rede e no outro o goleiro Bravo espalmou para escanteio.

"O projeto principal é ser campeão. Conquistas individuais estão em segundo plano", pondera o santista, endossando o lema embutido à equipe.

Kaká, outro astro, deu uma assistência, mas no geral não conseguiu ser o armador que se espera. Participou pouco e errou passes em demasia. A bola só saiu dos pés dele de maneira correta em 19 de 30 tentativas. Só o centroavante Luís Fabiano arriscou menos toques do que o principal articulador nacional – 26, dos quais 16 certos.

A coletividade faz mesmo a diferença, mesmo com o craque sabendo que pode ter um rendimento melhor. "A partir de agora não vou me poupar. Estou bem e não tenho mais que me preocupar com o problema físico", promete o camisa 10.

Nos números, apesar do placar elástico, o Brasil teve desempenho inferior aos outros jogos que fez na competição. De longe, o índice de 63% de passes certos foi o mais baixo – contra 83% frente à Coreia do Norte, 84% diante da Costa do Marfim e também 84% no duelo com Portugal.

Retrato fiel de que com Ramires e Daniel Alves o meio de campo torna-se mais vertical e menos burocrático do que com Felipe Melo e Elano. As estatísticas também mostram que o time finalizou menos. A média era de 19 tentativas por jogo, ontem foram 17.

"Foi uma partida muito difícil porque o Chile também joga. É uma equipe difícil de se marcar", afirma o técnico brasileiro.

A vontade de atacar dos chilenos fez com que os comandados de Dunga tivessem a menor posse de bola dos quatro compromissos. Kaká e companhia ficaram com a redonda em 51% do tempo. Menos do que a média de 60% verificada anteriormente.

Apesar do "insucesso" nos números, não há como esconder a eficiência do time na hora de partir para cima dos adversários. Especialmente quando está em vantagem no placar, o time da camisa amarela é fatal no contra-ataque.

Tudo isso com a sustentação de uma defesa extremamente sólida. Tomar sustos e passar sufocos são situações que a seleção brasileira de Dunga quase não viveu até agora na África do Sul.

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