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O técnico Dunga precisa de uma vitória hoje, diante da Holanda, para seguir à semifinal e comprovar que estava certo ao usar a Copa de 2006 como modelo do que não deveria ser feito pela seleção brasileira em uma Copa do Mundo | Valterci Santos/Gazeta do Povo – enviado especial
O técnico Dunga precisa de uma vitória hoje, diante da Holanda, para seguir à semifinal e comprovar que estava certo ao usar a Copa de 2006 como modelo do que não deveria ser feito pela seleção brasileira em uma Copa do Mundo| Foto: Valterci Santos/Gazeta do Povo – enviado especial
  • Veja a ficha técnica do jogo Holanda X Brasil

Dunga carrega uma obsessão desde o dia em que pôs os pés na Áfri­­­­ca do Sul. De 27 de maio para cá, o técnico procura fazer tudo di­­­fe­­rente do realizado pela gestão que co­­mandou o Brasil em 2006.

Hoje, contra a Holanda, às 11 ho­­ras (de Brasília), no jogo mais di­­fícil da seleção até o momento em solo africano, a sua mania de tentar enterrar o Mundial da Ale­­ma­­nha estará em jogo.

Se perder, pouco adiantou mu­­dar radicalmente a maneira como as coisas foram feitas há quatro anos. Mesmo sem as algazarras vistas em Weggis (local de ambientação, na Suíça, antes da Copa 2006), te­­rá caído nas mesmas quartas de fi­­nal em que os comandados de Parreira ruíram diante da França de Zidane.

Mas, se confirmar a eficiência de sua equipe, construída em 3 anos e 10 meses de trabalho, terá su­­perado o vexame do torneio alemão e garantirá no mínimo um lugar entre os quatro melhores.

Com o triunfo, em tese, o capitão do tetra confirma que seu método de trabalho é vitorioso. Afinal, para ele, tão importante quanto o desempenho em campo é necessário não ter nenhum desvio de conduta fora dele.

Diferentemente dos tempos de Parreira, com o atual comandante quase não há folgas para os jogadores. Também não há regalias como dormir fora da concentração ou apresentar-se acima do peso para a etapa de preparação.

Quem ameaçou dar problema, casos de Adriano e Ronaldinho Gaúcho, não teve nem o nome lembrado entre os 23 convocados. Com Dunga, não há privilégios. O tratamento e a chance dispensada para os atletas aparecerem na mídia são os mesmos entre todos.

Por exigência do treinador, todos foram levados às entrevistas coletivas desde a apresentação do grupo, antes de se iniciarem as re­­petições. O ponto de referência pa­­ra o chefe é a seleção tetracampeã em 1994. Quando o brilho individual de Romário e Bebeto só aparecia por causa de lideranças como a dele.

O paradigma do técnico fica ainda mais evidente quando o assunto é o adversário de hoje. A Laranja já ficou pelo caminho contra Dunga em duas oportunidades.

A primeira, na campanha do tetra. Quartas de final, assim como agora, com muita emoção e vitória por 3 a 2. A segunda, em 1998, na França. Emoção até na prorrogação da semifinal e vitória nos pê­­naltis. Um dos batedores: Dun­­ga.

"Tinha de reconfirmar tudo o que fiz em 1994. Se eu errasse, iriam dizer que tinha sido sorte quatro anos antes", recorda, falando também de seu acerto na finalíssima nos Estados Unidos, diante da Itália. "Em 98, eram meus últimos jogos pela seleção brasileira. Foi diferente por isso. O jogo contra a Holanda foi adrenalina até o fim", reforça.

Hoje, no Estádio Nelson Man­­dela Bay, como Dunga gosta de di­­zer e agir: não há meio termo. Só se passar às semifinais o Brasil terá satisfeito o desejo do torcedor. E a obsessão de seu treinador.

Ao vivo

Brasil x Holanda, às 11 horas, na RPC TV, Band, BandSports, ESPN Brasil e SporTV.

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