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Sindicatos que representam cerca de três quartos dos trabalhadores da estatal elétrica Eskom ameaçaram nesta quinta-feira (24) convocar uma greve para reivindicar melhores salários, o que pode interromper o suprimento de eletricidade durante a Copa do Mundo.

O Sindicato Nacional de Mineradores (NUM, na sigla em inglês) e o Sindicato Nacional de Metalúrgicos (NUMSA) alertaram sobre uma greve caso a Eskom não atenda a suas exigências até sexta-feira (25).

Uma paralisação poderia afetar seriamente a indústria e a mineração na maior economia africana. A Eskom disse que se a ação ocorrer irá implementar medidas contingenciais para minimizar o impacto.

Trabalhadores sul-africanos já lançaram uma série de ameaças de suspender o transporte, abandonar postos de segurança e atrasar o serviço de imigração nos aeroportos durante o Mundial se suas exigências de melhores salários e condições de trabalho não fossem contempladas.

Excetuando-se algumas interrupções nos transportes, essas ações até agora não se materializaram.

O NUM, que representa cerca de metade dos 32 mil funcionários da Eskom, reduziu seu pedido de aumento de mais de três vezes a taxa de inflação de 4,6 por cento para 9 por cento. Os sindicatos também querem a introdução de um auxílio-moradia.

A Eskom ofereceu um aumento de 8 por cento e um pagamento único de auxílio-moradia.

Acordo de última hora?

É improvável que uma greve durante a Copa prejudique o fornecimento de energia para os estádios que têm geradores a diesel, mas pode enfurecer milhões de espectadores que assistem aos jogos na TV.O pior para a economia é que indústrias e mineradoras do maior produtor de platina e o quarto maior produtor de ouro do mundo poderiam ter que suspender as operações, afetando os preços.

Mas analistas veem como provável um acordo de última hora.

"Se os esforços de conciliação em andamento fracassarem, os membros dos sindicatos devem votar a favor de uma greve nas próximas semanas. Mas tal votação provavelmente incitaria a um acordo de última hora, pois ameaçaria a situação financeira da Eskom", disse Anne Fruhauf, analista para a África do Eurasia Group, em comunicado.

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