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Sneijder dá uma bicicleta em treino holandês: ele e o atacante Van Persie têm antigos problemas de relacionamento que podem atrapalhar a Holanda | Daris Messisinis/ AFP
Sneijder dá uma bicicleta em treino holandês: ele e o atacante Van Persie têm antigos problemas de relacionamento que podem atrapalhar a Holanda| Foto: Daris Messisinis/ AFP

"Pianista"

O quarteto formado por Robben, Sneidjer, Van Persie e Kuit é badalado com toda a justiça. A seleção da Holanda, no entanto, tem um outro jogador igualmente importante, mas que não costuma aparecer muito para a torcida e crítica. O volante Mark Van Bommel é o carregador de piano dessa nova versão da Laranja. Aos 33 anos, Van Bommel usa sua experiência para comandar o setor defensivo da Holanda. "A Holanda de hoje é uma equipe sólida, entrosada. Os jogadores sabem o que é preciso fazer e, por isso, nenhum de nós se sente sobrecarregado", garante o veterano. Ele só se irrita com quem reclama que a Holanda deixou o futebol-espetáculo de lado. "Nós queremos jogar bonito, mas nem sempre é possível".

Às vésperas de decidir uma va­­ga na semifinal da Copa da Áfri­­ca do Sul contra o Brasil, a seleção da Holanda volta a conviver com um fantasma que, no passado, já ajudou a jogar por terra boas campanhas em competições importantes co­­­mo Mundial e Eurocopa: pro­­ble­­mas de relacionamento en­­tre os jogadores. A desavença é entre o atacante Van Persie e o meia Sneijder – dois astros da equipe.

O técnico Bert van Marwijk foi obrigado a intervir para ten­­tar "cortar o mal pela raiz" e colocou os dois jogadores frente a frente na noite da última segunda-feira, horas depois da vitória sobre a Eslováquia, para apararem as possíveis arestas.

Foi Van Persie quem começou a encrenca, ao ser substituí­­do aos 35 minutos da etapa fi­­nal contra os eslovacos. Ele questionou o treinador e disse que quem devia sair era Sneijder – segundo leitura la­­bial da rede de TV holandesa NOS. Van Persie nega o fato.

O maior indício de que houve um início de crise é que o treinador exigiu que os dois se acertassem – ou ao menos fi­­zessem um armistício. "Fiz isso para colocar um ponto final nesse assunto e assim podermos nos concentrar no jogo com o Brasil", disse Van Mar­­wijk, ontem.

Os dois jogadores não se bi­­cam. Durante a Eurocopa de 2008 (na Áustria e na Suíça), bri­­garam porque ambos queriam cobrar uma falta no jogo con­­tra a Rússia. Van Marwijk havia dado a entender que há problemas de relacionamento dois dias antes da partida contra a Es­­lo­­váquia.

Ao ser questionado so­­bre a união do elenco, revelou o que disse aos atletas quando as­­su­­miu, em 2008, após a Euro­­co­­pa, no seu primeiro encontro com eles. "Não é preciso ter amigos verdadeiros no time, mas é preciso aceitar as qualidades dos outros e respeitá-las. Só assim é possível ser um time realmente bom", disse.

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